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Cultura da Vida: o amor conjugal verdadeiro fará da família santuário da vida – Vatican News


Cultura da Vida é um espaço de aprofundamento de temas relacionados à dignidade da vida humana e à missão da família como guardiã da vida com Marlon Derosa e sua esposa Ana Carolina Derosa, professores de pós-graduação em Bioética e fundadores do Instituto e Editora Pius com sede em Joinville, Santa Catarina. Marlon e Ana são casados há 8 anos, têm 3 filhos, são atuantes na Pastoral Familiar. Neste nono encontro, o amor conjugal verdadeiro fará da família santuário da vida.

Vatican News

Olá amigos da Rádio Vaticano, aqui é Marlon e Ana Derosa.

Hoje vamos falar sobre o que é o amor conjugal e como é importante compreendê-lo e vivê-lo, para fazer da família santuário da vida. Na sociedade atual, muitas pessoas não compreendem o que é o amor conjugal. Vivemos tempos de confusão sobre o amor e a afetividade. E isso acaba gerando a cultura do descarte, de que o Papa Francisco tanto falava. A Igreja sempre nos ensinou de forma clara e profunda o que é o amor conjugal.

Na Amoris Laetitia, o Papa Francisco escreveu que a Igreja precisa redescobrir a Encíclica Humanae Vitae. Essa encíclica descreve as características do amor conjugal: livre, total, fiel e fecundo. Ele é um ato livre da vontade. O amor é livre. Não é apenas um ímpeto dos sentimentos, mas uma decisão, um ato da vontade que tem um objetivo claro: manter-se e crescer.

Nutrir com alegria os esposos no dia a dia, para se tornarem um só coração e uma só alma no caminho da santidade. (HV 9) Este amor deve ser uma entrega total, porque não tem reservas, não se entrega pela metade. Não podemos amar fazendo cálculos egoístas ou buscando um retorno, como se fosse uma relação comercial onde avaliamos o custo x benefício das nossas ações. Este amor também é fiel e exclusivo até a morte.

O amor conjugal não pode ter uma data para acabar. A fidelidade deve ser profunda, de corpo, pensamentos e alma. E por fim, é um amor fecundo, porque “não se esgota na comunhão entre os cônjuges, mas está destinado” a gerar vida. Essas características do ato conjugal apontam para a analogia trazida por São Paulo na Carta aos Efésios. A Palavra de Deus nos diz aos maridos: “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5, 3). E como foi a entrega de Cristo por sua Igreja? Cristo se entregou por nós de forma livre, total, fiel e fecunda, pois sofreu até a morte de cruz e, assim, nos deu a vida eterna.

É neste contexto que as famílias devem compreender o amor conjugal e, como consequência, a relação íntima do casal é expressão desse amor total, fiel e fecundo. Então, o amor conjugal possui as dimensões unitiva e procriativa. Ao mesmo tempo que une os esposos de uma forma única e profunda, está aberto à geração de novas vidas. O dom e missão de transmitir a vida é uma maravilhosa colaboração com Deus. Deus se serve de cada casal de esposos para trazer novas vidas humanas a este mundo. A partir do sim do casal, a partir do amor matrimonial, uma nova pessoa é gerada.

É belíssimo o desígnio de Deus para a família. Veja que diante do casal que se une no leito matrimonial, nessa união de amor e vida, o Espírito Santo vem e infunde uma nova alma no ventre materno. A compreensão da afetividade humana e das relações entre homem e mulher devem sempre levar em conta essa missão. Nas palavras do Papa Leão XIV, “o casamento não é um ideal, mas a regra do verdadeiro amor entre homem e mulher: amor total, fiel e fecundo”. Quando falamos sobre cultura da vida, precisamos necessariamente proclamar esta verdade sobre o ser humano, sobre a família e o plano de Deus para a humanidade.

As confusões de nossos tempos sobre a sexualidade, seja na juventude, seja nas realidades difíceis entre relacionamentos e famílias fragilizadas, muitas vezes, ocorrem pela falta dessa compreensão. Se os jovens compreenderem e tiverem claros exemplos que ensinam sobre o amor conjugal nessa dimensão tão profunda, poderão viver melhor o tempo de espera, os namoros e o noivado, sem antecipar a vida íntima para um momento que não é o matrimônio.

Hoje muitos jovens não compreendem mais a castidade assim como os casais não entendem a profunda dimensão do amor conjugal. Percebe-se que um problema leva ao outro. E a incompreensão dessa missão é o que leva tantas vezes a dilemas éticos sobre o que fazer com uma gravidez inesperada; por conta da incompreensão da missão do casal temos tantas mulheres abandonadas e feridas, e seus filhos sem a unidade do casal para terem o bom exemplo a seguir. Assim, percebemos que urge retomarmos essa compreensão sobre a missão da família.

Um grande abraço a todos, e até a próxima!


Fonte: Vatican News

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