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Igreja inclusiva: uma igreja de portas abertas – Vatican News


Uma igreja inclusiva é uma igreja de portas abertas, que segue os passos do Mestre Jesus e o seu exemplo. Partindo do pressuposto de que a igreja, em sua essência, é inclusiva, precisamos refletir: quem está sendo excluído? Quem precisa ser incluído?

Jaqueline Supriano de Souza Alves – Pedagoga

Na atualidade, vivemos um aumento significativo no número de diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista. Talvez esse seja um dos maiores desafios: incluir crianças, jovens e adultos nesse contexto. Por isso, é necessário abrir não apenas as portas da igreja, mas também a percepção e a sensibilidade para enxergar as famílias que frequentam ou que deixam de frequentar a igreja por causa de seus filhos com deficiência.

O grande desafio é abrir a mente e o coração para aceitar essa realidade, reconhecendo que, muitas vezes, nós mesmos somos a barreira que impede as pessoas de irem à igreja. Como está na passagem de Mateus 19,14: “não as impeçais”. Se antes eram os discípulos que impediam as pessoas de se aproximarem de Jesus, hoje muitas vezes somos nós esses discípulos.

Outro aspecto fundamental é a acessibilidade. Ela não se resume a rampas ou banheiros adaptados, mas envolve também ajustes e adaptações que possibilitem a participação de todos, e não apenas da maioria.

Uma igreja que acolhe, inclui e respeita é a igreja de Jesus, que se preocupa com a pessoa em sua totalidade, e não com a deficiência. Pessoas com deficiência têm o direito de acessar as estruturas da igreja tanto físicas quanto espirituais para reencontrarem sua essência, que o próprio Jesus nos ensina.

Esse é um tema de extrema relevância para a nossa sociedade e precisa chegar aos líderes religiosos, mas também ao coração de todos os membros da comunidade, para que aqueles que estão fora possam entrar. Uma igreja inclusiva é, de fato, uma igreja de portas abertas.

Hoje, muitas famílias deixam de levar seus filhos à igreja. Por isso, é fundamental pensar nessas pessoas e oferecer um acolhimento genuíno e autêntico, capaz de derrubar as barreiras que impedem a frequência e a vivência comunitária.

Portanto, ninguém deve ser excluído do acesso ao sagrado, expresso na vivência religiosa, por causa de sua deficiência. Abramos nossos olhos e ouvidos para perceber ao nosso redor o quanto podemos ser agentes de inclusão em nossas igrejas, atentos e cuidadosos com todos que estão próximos de nós!

Jaqueline Supriano de Souza Alves –Pedagoga, Neuropsicopedagoga, Especialista Políticas de Inclusão, Educação Especial, Inclusão Escolar para alunos com Transtornos do Neurodesenvolvimento e comorbidades, Psicomotricidade e Serviços de Atendimento Educacional Especializado.


Fonte: Vatican News

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