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Padilha nega que vá concorrer nas eleições de 2026 e diz que fica até o fim do governo

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), negou qualquer possibilidade de deixar a pasta para concorrer a um cargo público nas eleições de 2026.

“Já deixei muito claro isso, quando o presidente Lula me convidou para vir para o Ministério da Saúde, que fico com ele até o final desse governo”, disse Padilha em entrevista à Folha na segunda-feira (15).

O nome do ministro foi cogitado para a disputa eleitoral de 2026 ainda no início do governo Lula, quando era titular da Secretaria de Relações Institucionais. O nome dele foi ventilado para a disputa ao Governo de São Paulo, e interlocutores diziam que sua meta era atingir uma votação expressiva para a reeleição como deputado federal, cargo do qual hoje é licenciado.

Em março deste ano, Padilha assumiu a Saúde a convite de Lula, em substituição a Nísia Trindade.

Médico infectologista, Padilha já havia ocupado a pasta durante o governo Dilma Rousseff (de 2011 a 2014). “Eu estou muito honrado de poder ser ministro da Saúde pela segunda vez”, disse.

“Então, quando o presidente Lula me convidou, eu vim com a disposição de estar no Ministério da Saúde e de ajudá-lo até o final deste governo, e não tenho nenhum plano, e já descartei essa possibilidade de sair do ministério no ano que vem para qualquer disputa eleitoral”, reiterou.

O ministro ganhou maior visibilidade desde as sanções aplicadas pelo governo Donald Trump contra os funcionários envolvidos na implementação do programa Mais Médicos. Na época, sua esposa e sua filha de 10 anos tiveram vistos aos Estados Unidos cancelados. Padilha havia sido incluído na lista, porém já estava com o visto vencido.

Agora, segundo petistas, o projeto político provável para o titular da saúde é ser candidato do partido a prefeito de São Paulo em 2028.

À Folha ele evita falar na possibilidade. “Gente, eu estou dedicado a reduzir o tempo de espera da população, a derrotar os negacionistas contra a vacina, fazer um grande trabalho no Ministério da Saúde. É nisso que eu estou dedicado, é nisso que estou pensando nesse momento”, afirma.

Na Saúde, Padilha cumpre um papel de emplacar uma promessa de vitrine eleitoral para a campanha presidencial de Lula em 2026, com o Agora Tem Especialistas, programa alvo de fortes cobranças de resultados por parte do presidente desde sua elaboração nesta gestão.

A escolha aconteceu na esteira de reverter a queda de popularidade da gestão Lula, e sob um processo de desgaste da gestão Nísia.

Durante a entrevista, o ministro falou ainda sobre a participação das emendas parlamentares nos recursos discricionários da pasta, estimados em cerca de 40%. “O meu grande trabalho aqui é fazer com que esse recurso volumoso dê conta de ser aproveitado com as prioridades apontadas para esse desafio de reconstrução do SUS pós-pandemia”, disse.

A Folha já mostrou que uma fatia bilionária do orçamento do Ministério da Saúde do governo tem servido a parlamentares como emenda extraoficial que foge dos critérios de transparência e controle impostos por decisões do STF (Supremo Tribunal Federal).

Na época, o governo Lula negou que o orçamento próprio da Saúde fosse negociado por critérios políticos. Em nota, o ministério comandado por Padilha disse realizar análise técnica dos pedidos apresentados por secretários de estados e municípios e que é natural congressistas acompanharem a tramitação dos processos.


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