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Brasília Hoje: CPI quer ir até a PF ouvir Careca do INSS, diz presidente do colegiado

O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista que investiga os descontos irregulares em benefícios previdenciários, senador Carlos Viana (Podemos-MG), disse nesta terça-feira (16) que o colegiado quer ir até a Polícia Federal para colher o depoimento de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como ‘Careca do INSS’ e apontado com um dos operadores do esquema.

A ideia foi mencionada publicamente pela primeira vez, também nesta terça, pelo relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). Ele falou sobre a possibilidade de deslocamento para depoimentos de Antunes e de Maurício Camisotti, outro dos supostos cabeças do esquema de descontos irregulares. Depois, Viana endossou.

O motivo de esta ideia ser ventilada é a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça que deu aos dois o direito de escolher se prestarão ou não depoimentos à CPI.

Antunes e Camisotti estão presos desde a semana passada. Haviam sinalizado que falariam à comissão. As reuniões foram marcadas mas, depois da decisão de Mendonça, ambos avisaram que não compareceriam.

Na ocasião, a defesa de Camisotti declarou que não havia motivo para prisão. A de Antunes disse que versão de que ele é o operador do esquema de descontos “é uma bizarrice”.

O argumento tanto de Gaspar quanto de Viana é que a decisão de Mendonça impede uma condução coercitiva até uma reunião do colegiado, e não uma ida dos deputados e senadores ao encontro dos depoentes.

“A questão não é a condução coercitiva até a CPI? Então nós vamos até a Polícia Federal. Nós vamos entrar em contato com a chefia da Polícia Federal e vou tentar, como um gesto de boa vontade, conversar mais uma vez com o ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça, para que ele trabalhe conosco”, declarou Viana a jornalistas depois da reunião realizada pela CPI nesta segunda.

O cancelamento dos depoimentos de Antunes e Camisotti frustrou integrantes da CPI. O ‘Careca do INSS’ é a figura que ficou mais famosa no escândalo. Deputados e senadores imaginavam que declarações dele poderiam fazer o colegiado engrenar.

Como resposta ao cancelamento, a comissão aprovou a convocação de familiares e sócios de Antunes e de Camisotti para depor. Também está no pacote o advogado Nelson Wilians, que foi alvo de operação dos investigadores na semana passada. Os depoimentos devem ser marcados para quinta-feira (18).


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