
O MST sediará nesta terça-feira (16) um evento em homenagem aos dois anos da Aliança dos Estados do Sahel, definida pelo movimento como “parte da luta pela emancipação africana e contra o imperialismo”.
O bloco é composto por três países do oeste africano –Mali, Níger e Burkina Fasso– que são governados por juntas militares após derrubarem presidentes democraticamente eleitos desde 2020. Eles se localizam no sahel, uma faixa semiárida de transição entre a savana africana e o deserto do Saara.
O trio, composto por ex-colônias francesas, também se afastou da antiga metrópole e do Ocidente e se aproximou da Rússia, abrigando inclusive militares e milícias para ajudar a combater grupos extremistas islâmicos.
O evento reunirá militantes dos três países, que estão entre os dez mais pobres do mundo, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano medido pela ONU.
Também será lançado o dossiê “O Sahel em busca da soberania”, do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, além da exibição de um documentário, apresentações musicais e petiscos e bebidas típicas. O evento ocorre em um armazém do MST no centro de São Paulo.
O MST refuta que a aliança com os três países seja um bloco de ditaduras. “Os países membros da Aliança do Estado do Sahel não são ditaduras e sim levantes populares contra o colonialismo francês e o imperialismo norteamericano”, afirma Messilene Gorete, da coordenação do Setor de Internacionalismo do MST.
“O MST realiza essa atividade em conjunto com a Alba Movimentos, que aglutina diversos movimentos internacionalistas, em solidariedade ao Estado do Sahel, devido aos ataques imperialistas e colonialistas que atingem os países africanos da região”, complementa Gorete.
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