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As primeiras impressões do Fortaleza de Martín Palermo – Alexandre Mota – Diário do Nordeste

A sensação é de que Martín Palermo devolveu a alma do Fortaleza. Após oito jogos sem vencer, quase dois meses, o time cearense ganhou na estreia do técnico argentino: bateu o Vitória-BA por 2 a 0, na Arena Castelão, pela Série A. E precisamos ressaltar: com méritos, foi muito melhor no jogo.

Pelas oportunidades criadas, o placar poderia ser maior, não fosse o desperdício de Bareiro. Em campo, um time brigador, acima de tudo. O Fortaleza de Palermo lutou a cada bola, se entregou, teve linhas altas, uma marcação forte e um triunfo inquestionável.

Logo, em uma semana de trabalho, o argentino acrescentou atitude em um time que parecia completamente entregue nos últimos jogos. Há muitos aspectos para corrigir, mas a equipe se impôs, controlou as ações desde o começo com gol de Breno Lopes e ampliou logo que voltou do intervalo em golaço de Bruno Pacheco. Deste modo, fisicamente, demonstrou intensidade na partida.

A missão segue dificílima – mesmo vencendo, é o vice-lanterna, com apenas 18 pontos. No entanto, não dava para esse movimento de sinergia entre o clube e a arquibancada começar melhor. O Fortaleza ganhou um sopro de esperança e de confiança para seguir lutando contra o rebaixamento nas últimas 16 rodadas.

Mudança tática

Palermo escalou o Fortaleza no tradicional 4-3-3 e com três novidades: o goleiro João Ricardo, o volante Pierre e o atacante Yago Pikachu. Apesar da mesma formação do antecessor Renato Paiva, o comportamento coletivo foi completamente diferente, além da estratégia adotada para a partida.

A formação titular tinha: João Ricardo; Mancuso, Brítez, Gastón Ávila e Bruno Pacheco; Pierre, Matheus Pereira e Lucca Prior; Breno Lopes, Pikachu e Lucero. E o objetivo de se defender melhor.

Assim, o meio-campo dava combate, os zagueiros avançavam e o time pressionava em linha alta. No encaixe, se adaptava para o 4-4-2 e detinha mais posse, controlando o ritmo do Vitória-BA.

“No sistema que trabalhamos na semana, necessitamos de jogadores que no meio-campo tenham recuperação (de bola), então tínhamos de ser fortes defensivamente para depois atacar pelos lados, com jogadores como Breno, Pikachu, Mancuso e Pacheco, para gerar essas situações que conseguimos. E com Lucca, que foi um meia para ter essa conexão nos últimos metros e ser um acompanhante de Martín (Lucero). O time funcionou bem, tem que corrigir coisas, e o trabalho nos dias vai dar a chance de consolidar a ideia do que eu quer”.


Martín Palermo

Técnico do Fortaleza

De variação tática, a maior novidade foi a liberdade dos laterais. Pierre, que fez um bom jogo, recuava para uma linha de três defensiva, os pontas cortavam o meio, o que permitia que Pacheco e Mancuso jogassem no último terço e com o corredor livre. O lateral-esquerdo marcou um golaço, enquanto o argentino produziu muito volume.

Os gols saíram pelos lados do campo, inclusive. O contraponto é a presença do centroavante, com Lucero novamente “apagado” e Adam Bareiro entrando muito mal, perdendo três chances nítidas. Com foco nos extremas, Lucca Prior também teve menos destaque, diferente de Matheus Pereira.

A margem para evolução é grande. Lucas Crispim estreou com boa movimentação, enquanto Rodrigo, que estava afastado por Paiva, também foi acionado e ganhou minutos. No fim, o discurso de Palermo é de união em todos os sentidos, e esse é o trunfo. “O contágio da atitude, da entrega, foi o que pedi, que pudessem dar tudo em campo, que lutassem por cada bola, que pudessem se ajudar o tempo todo, em cada erro ou situação, para encontrar soluções juntos, e se algo não funciona, todo mundo ajudando, então precisavam ser 11 jogadores sendo apenas um”, declarou.

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