
Charlie Kirk, um conhecido ativista ultraconservador norte-americano, morreu esta quarta-feira (10), após ser baleado em um evento na Utah Valley University, nos Estados Unidos. Mas, afinal, quem era o jovem “amado e admirado por todos”?
Charles James Kirk, conhecido como Charlie Kirk, nasceu a 14 de outubro de 1993, filho de um arquiteto e de uma conselheira de saúde mental. Cresceu nos subúrbios de Chicago e, aos 31 anos, era um influente ativista político conservador, tendo feito parte das campanhas eleitorais de Donald Trump.
O ativista deu os primeiros passos na política ainda na escola e, em 2012, quando tinha 18 anos, fundou a Turning Point USA (TPUSA), uma organização ultraconservadora que tem como objetivo promover políticas nos campus de escolas de ensino médio e universidades.
A organização ganhou fama, sobretudo, pelo seu site Professor Watchlist, que pretende denunciar professores que “discriminam estudantes conservadores e promovem propaganda esquerdista nas salas de aula”. Porém, era acusada de perseguir profissionais sem base, fatos ou registros.
A Turning Point USA está presente em mais de 3.500 escolas e universidades dos 50 estados norte-americanos. Atualmente, conta ainda com várias organizações irmãs, como Turning Point Action, Turning Point Faith e Turning Point Academy.
Além disso, Kirk afirmou-se como uma personalidade da mídia norte-americana, sendo apresentador do ‘The Charlie Kirk Show’, um programa no canal Real America’s Voice. Escreveu também livros, incluindo o bestseller ‘The MAGA Docrine: The Only Ideas That Will Win The Future’ [‘A Doutrina MAGA: As Únicas Ideias Que Vencerão o Futuro’, na tradução livre], escreve a BBC.
A sua popularidade aproximou-o do republicano Donald Trump e, em 2020, liderou a ‘Students for Trump’ e promoveu uma campanha para recrutar um milhão de estudantes para a sua reeleição.
Kirk destacou-se também pelas suas opiniões controversas em relação a temas como o aborto, religião e educação. Estas opiniões, destaca o Le Figaro, fizeram com que fosse adorado por uns e odiado por outros. O homem era conhecido por propagação de discurso de ódio, principalmente contra a comunidade LGBTQIA+, e defendia constantemente o uso de armas.
Em 2021, casou-se com Erika Frantzve, ex-Miss Arizona. O casal tem dois filhos: um menino de um ano e uma menina de três.
Charlie Kirk morreu após ser baleado durante evento no Utah
Charlie Kirk morreu após ser baleado durante um evento na Utah Valley University, enquanto discursava na iniciativa ‘American Comeback Tour’, uma série de debates com estudantes.
A morte foi anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o descreveu como alguém que era “amado e admirado por todos”.
“O grande, e até mesmo lendário, Charlie Kirk está morto”, revelou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma publicação na sua rede social, a Truth Social.
“Era amado e admirado por TODOS, especialmente por mim, e agora já não está entre nós”, acrescentou, enviado os “sentimentos à sua linda esposa Erika e à família”.
Inicialmente, o FBI relatou que um suspeito tinha sido preso. Momentos depois uma segunda pessoa foi presa como suspeita de ter cometido o crime, porém ambos acabaram sendo liberados pela polícia.
Já as autoridades do Utah indicaram, citadas pela agência de notícias The Associated Press (AP), que Kirk foi morto com um único tiro e acredita-se que seria o único alvo.
Fonte: Notícias ao Minuto