
Moscou lançou no fim de semana um ataque maciço com centenas de drones. Pelo menos quatro pessoas morreram, entre elas um bebê. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pede “o fim das matanças”. Segundo o porta-voz russo Dmitrij Peskov, o diálogo é difícil.
Francesca Sabatinelli – Vatican News
A Rússia lançou sobre a Ucrânia, entre sábado e domingo, o mais amplo bombardeio desde o início da guerra. Para atingir várias cidades do país, foram usados 13 mísseis e mais de 800 drones, o maior número até o momento. Pela primeira vez foi alvejada a sede do governo ucraniano, o palácio onde se reúne o gabinete de ministros em Kyiv. O ataque provocou um incêndio no local. Ao menos quatro pessoas morreram nos bombardeios – entre elas um bebê de dois meses e sua mãe – e dezenas ficaram feridas. Na capital, além do palácio do governo, foram atingidos diversos arranha-céus; as outras cidades atingidas foram Kryvyj Rih, Dnipro, Kremenchuk e Odessa.
Zelensky: vontade política para parar Putin
Volodymyr Zelensky, mais uma vez, pediu decisões firmes contra a Rússia. “Esses assassinatos são um crime deliberado, quando a verdadeira diplomacia já poderia ter começado há muito tempo”, diz o mandatário ucraniano em mensagem que pode ser lida no aplicativo de mensagens Telegram. “O mundo – apela o presidente – pode obrigar os criminosos do Kremlin a parar de matar; só é necessária vontade política”.
Kremlin: o diálogo é difícil
Após o ataque à sede do governo, também se manifestou a primeira-ministra ucraniana Yulia Svyrydenko. Ela pediu à comunidade internacional a adoção de medidas decisivas contra a Rússia, “intensificando as sanções, sobretudo contra o petróleo e o gás russos”, insistindo na necessidade de armas para a Ucrânia. O porta-voz do Kremlin, Peskov, falou sobre o difícil diálogo entre as partes em entrevista durante o Fórum Econômico Oriental em Vladivostok.
Fonte: Vatican News