
A sociedade mundial vive uma transição sociocultural, intensificada por aceleradas mudanças nos campos da inovação e tecnologia, decorrentes das dinâmicas e complexidades existentes em cada lugar. Estas transformações afetam sobremaneira os hábitos de vida e consumo das pessoas, o que demanda adaptação dos negócios de forma a atender às novas necessidades dos clientes.
Sem dúvida, os segmentos de turismo e eventos são por demais sensíveis a essas mudanças, pois lidam diretamente com desejos, sonhos e expectativas dos consumidores em conhecer destinos encantadores, com atrativos e serviços surpreendentes, que possibilitem experiências extraordinárias.
Diante dos ciclos cada vez mais curtos e da tendência de padronização da oferta de produtos, a vivência é o ativo principal que o destino ou equipamento turístico proporciona. O desafio é oferecer o novo, o diferente, o único. Como fazer isso? Antes de tudo, com atenção aos anseios dos consumidores. Nesse passo, o meio digital pode ser um importante aliado para ouvir e interagir com os atuais e potenciais clientes.
Os negócios de turismo e eventos devem se posicionar como integrantes de um ecossistema socioprodutivo e cultural grandioso, com capacidade de viabilizar experiências diferenciadas, as quais avalizam a imagem e a economia de uma empresa, de um lugar, de um território.
Articular as atividades socioculturais presentes no território gera compartilhamento da responsabilidade pelo desenvolvimento local nos diversos níveis. O envolvimento direto da comunidade é uma necessidade basilar nesse processo, pois integrá-la com seus saberes e fazeres locais fundamenta a distinção de um destino turístico como bem-sucedido, que encanta, deslumbra e fideliza seus visitantes, mas que ao mesmo tempo contribui para um desenvolvimento inclusivo que beneficia turistas e moradores do local.
Joaquim Cartaxo – arquiteto urbanista e superintendente do Sebrae/CE
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Fonte: SEBRAE