
A Advocacia do Senado Federal protocolou, nesta quinta-feira (4), pedido de prisão preventiva contra o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), em ação penal eleitoral movida pelo Ministério Público Eleitoral que apura violência política de gênero contra a ex-senadora e atual prefeita de Crateús, Janaína Farias (PT).
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A defesa da gestora argumenta que os ataques de Ciro têm caráter “cumulativo” e “persistente”, e que a existência de uma ação penal em andamento não foi suficiente para desestimular novas ofensas. Os advogados pedem a prisão preventiva como forma de resguardar a vítima e a ordem pública, ou, alternativamente, a aplicação de medidas cautelares como comparecimento periódico em juízo, proibição de contato ou aproximação da prefeita e proibição de ofensas.
O pedido foi protocolado após novas falas de Ciro durante a festa de aniversário do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio. Além dessa ação, aceita pela Justiça em julho de 2023, o pedetista responde a outros processos relacionados a declarações semelhantes e já foi condenado a pagar R$ 52 mil de indenização à prefeita.
Em falas públicas, Ciro tem questionado a posse de Janaína tanto como senadora quanto como prefeita e chegou a chamá-la de “assessora para assuntos de cama” do ministro da Educação, Camilo Santana (PT). A defesa do ex-ministro, no entanto, alega que as declarações não tinham como alvo a prefeita, mas o ministro, e que se tratam de análises políticas.
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O juiz da 115ª Zona Eleitoral ainda vai analisar o pedido de prisão preventiva. Em decisão anterior, o magistrado determinou abertura de investigação pela Polícia Federal para apurar possível crime de perseguição, com base no artigo 147-A do Código Penal, que trata de “stalking”.
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