
Ex-secretário da Pesca de Jair Bolsonaro (PL), o senador Jorge Seif (PL-SC) critica a decisão do presidente Lula (PT) de indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, ao STF (Supremo Tribunal Federal) e diz que o fato de ele ser evangélico não justifica sua aprovação à vaga deixada por Luís Roberto Barroso na corte.
“Sou contra a indicação de Jorge Messias ao STF não apenas por divergência ideológica, mas por fatos concretos que revelam uso político da AGU”, afirma Seif.
Na avaliação do senador, sob comando de Messias o órgão foi usado “para perseguir jornalistas críticos ao governo, como Alexandre Garcia, teve postura restritiva que impactou a proteção de policiais em operações no Rio de Janeiro e demonstrou omissão diante de alertas sobre fraudes bilionárias contra aposentados do INSS”.
Seif minimiza o argumento de Messias se declarar evangélico e afirma que “a fé cristã não serve como escudo para práticas incompatíveis com o Evangelho”.
“A Bíblia ensina que Deus é justiça, imparcialidade e verdade. O que se viu na atuação de Messias foi seletividade, perseguição política e instrumentalização do poder”, complementa.
O senador afirma ainda que o STF exige independência e equilíbrio. “Quando a política entra no tribunal, a Justiça sai pela outra porta”, diz, acrescentando que não vê em Messias “as condições morais e institucionais” para ocupar a corte.
Também evangélico, o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) demonstra apoio ao nome do AGU e afirma que ele chegou ao posto “por mérito, competência e sólida formação”.
“Sua qualificação técnica supera debates ideológicos”, diz. “Além disso, é alguém que preserva valores importantes à sociedade brasileira, como a defesa da família e dos princípios cristãos, dos quais comunga como evangélico”, ressalta.
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