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COP30: Mobilização Mutirão para o Pacote Político de Belém – Vatican News


Faltando 3 dias para o fim da COP30 e antes do retorno de Lula a Belém, que deve ocorrer nesta quarta-feira, a presidência brasileira da conferência da ONU publicou ontem, terça-feira, uma primeira versão de um acordo, pressionando ministros que têm dificuldade em abandonar seus posicionamentos, e estão longe de suas linhas vermelhas.

Silvonei José – Belém

O presidente brasileiro Lula retorna a Belém nesta quarta-feira, um retorno visto por observadores como uma forma de influenciar as negociações e alcançar o objetivo da COP30: demonstrar na Amazônia que o mundo não abandonou a cooperação climática, apesar da turbulência geopolítica e econômica.

A presidência brasileira da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP30, está acelerando, publicando minutas de uma proposta de acordo e pretendendo chegar a um primeiro pacote político nesta quarta-feira. Uma nova fase, chamada de “diplomacia itinerante”, começa consistindo em trocas rápidas com os grupos de negociação e países individualmente.

“Propomos concluir uma parte significativa do nosso trabalho para que uma reunião plenária sobre o pacote político de Belém possa ocorrer até o meio da semana”, escreveu o presidente da COP, André Corrêa do Lago, em carta aos países, anunciando negociações que também ocorrerão à noite. Um segundo acordo, que conteria mais questões técnicas, poderia ser alcançado na sexta-feira.

Na tarde de ontem, realizou-se a reunião da “Mobilização Mutirão para o Pacote Político de Belém”, com a participação dos chefes de delegação e ministros.

Este texto é apelidado de “Mutirão Global”, uma referência a uma palavra indígena que designa uma comunidade que se une para trabalhar em uma tarefa comum. Publicado incomumente cedo na semana, em comparação com as normas da COP, é visto como a base para um possível compromisso entre ministros, que poderia então representar o principal resultado da COP.

Uma coalizão de europeus, países latino-americanos e nações insulares luta em Belém para enviar uma mensagem muito clara sobre a continuidade da luta contra as mudanças climáticas.

“Devemos mostrar ao mundo que o multilateralismo está vivo e forte”, disse Josephine Moote, representante do arquipélago de Kiribati, no Pacífico.

A proposta de consenso contém muitas opções conflitantes, o que significa que precisará de refinamentos consideráveis ​​antes que qualquer acordo possa ser alcançado entre as aproximadamente 190 nações presentes na conferência.

Os negociadores estão trabalhando ininterruptamente para garantir que um acordo sobre as questões mais controversas possa ser adotado em sessão plenária “até o meio da semana”.

O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, divulgou uma proposta com 21 opções para os negociadores escolherem sobre quatro questões complexas e inter-relacionadas. As quatro principais questões políticas são: se os países devem ser orientados a melhorar seus novos planos climáticos; detalhes sobre a distribuição dos US$ 300 bilhões em ajuda climática prometida; como lidar com as barreiras comerciais relacionadas ao clima; e como melhorar a transparência, que, significa, na verdade, relatar o progresso climático. Embora as opções no texto preliminar sejam um primeiro passo, o que é necessário agora é eliminar as opções que aumentam o atraso e ignoram a urgência da ação, disse Jasper Inventor, diretor adjunto de programas do Greenpeace Internacional. O dia de ontem também foi um dia de discursos de ministros de alto escalão.


Fonte: Vatican News

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