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Painel: Centrão vê soberba de Derrite em negociações do PL Antifacção

Líderes do centrão se irritaram bastante com a atuação do deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do projeto de lei antifacção, considerado uma das principais apostas do governo Lula (PT) para a área da segurança pública.

A tentativa de desidratar as competências da Polícia Federal em relatório inicial teve repercussão amplamente negativa e levou Derrite a recuar seguidas vezes até desistir da mudança que havia proposto de saída e a contemplar diversos pontos apresentados pelo Executivo.

Após incômodo generalizado de governistas e oposição, incluindo pressão de governadores para que a votação fosse adiada em até 30 dias, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), transferiu a apreciação do texto para terça-feira (18).

A ofensiva da esquerda para associar a iniciativa de Derrite à PEC da Blindagem ganhou fôlego nas redes sociais e, na visão das lideranças do centrão, tirou o governo petista da posição desconfortável em que estava na área da segurança pública após posicionamentos que geraram controvérsia.

Lula disse no final de outubro, por exemplo, que traficantes também são “vítimas de usuários”, fala da qual posteriormente se retratou. Na esteira da operação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos na ação considerada a mais letal do país, o presidente falou em “matança” e ação “desastrosa”, o que fez com que fosse criticado por representantes da direita.

Para a cúpula do centrão, o erro de Derrite era evitável e só existiu devido ao que apontam como soberba do parlamentar. Segundo esses deputados, é comum que iniciativas que possam gerar mais controvérsia sejam compartilhadas e lidas por eles antes que sejam divulgadas, justamente para evitar falhas e problemas.

No caso do relatório de Derrite, eles ficaram surpresos ao perceber que o colega havia decidido apresentar publicamente o relatório sem uma deliberação coletiva prévia. Eles avaliam que Derrite é um dos principais especialistas no tema da segurança pública entre os pares e, por isso, achou que não precisaria submeter o tema a consulta, mas ignorou as possíveis repercussões políticas das propostas, o que eles poderiam ter apontado com facilidade.

A irritação dessas lideranças aumenta com a possibilidade de que o episódio respingue no grupo político do qual o relator faz parte. Derrite é secretário de Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), cargo do qual se licenciou para elaborar o relatório do projeto de lei. O governador de São Paulo é o nome preferido de parte desse grupo para disputar a eleição presidencial em 2026.

Hugo Motta por sua vez, foi quem escolheu Derrite para a relatoria e, por isso, foi bastante pressionado nos últimos dias para explicar as estratégias e ideias de seu aliado.


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