O governador Elmano de Freitas participou nesta terça-feira (4) do Fórum de Líderes Locais da COP30, realizado no Rio de Janeiro. Em seu discurso, o chefe do Executivo cearense destacou que a transição energética precisa ser justa e equitativa, aliando preservação ambiental à geração de emprego, inclusão social e desenvolvimento regional.
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O encontro, que ocorre entre 3 e 5 de novembro, discute o papel de estados e municípios na implementação de políticas climáticas e no cumprimento das metas do Acordo de Paris, como a ampliação das energias renováveis e a redução do uso de combustíveis fósseis.
Elmano ressaltou que o Ceará tem priorizado a pauta climática. O estado produziu a primeira molécula de hidrogênio verde (H₂V) do Brasil. Até agora, já foram assinados sete pré-contratos para a instalação de plantas desse combustível no Complexo do Pecém, somando investimentos previstos de US$ 30 bilhões e estimativa de 80 mil empregos diretos e indiretos. O Ceará também é o quarto maior produtor nacional de energia eólica e solar.
Para o governador, a transição energética não se resume ao aspecto tecnológico, mas precisa alcançar quem mais precisa. “Uma transição justa se mede tanto pelas emissões que evitamos quanto pelas vidas que transformamos”, afirmou.
O governador destacou políticas estruturantes, como o Plano Estadual de Transição Energética Justa – Ceará Verde. Entre as ações, estão o Programa Agente Jovem Ambiental, que envolve 10 mil jovens em projetos socioambientais, e o Programa Auxílio Catador, que já beneficia 3.655 trabalhadores da reciclagem.
Outro eixo prioritário é a capacitação profissional. Elmano ressaltou que o estado avança para se tornar polo de conhecimento na área de baixo carbono, com a instalação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) prevista para 2027. A unidade oferecerá cursos voltados a energias renováveis e sistemas tecnológicos. Projetos como o H-Tec, com R$ 34 milhões em investimentos e formação de 12 mil técnicos, reforçam essa estratégia.
Mesmo com os avanços locais, Elmano defendeu a consolidação de políticas de transição energética em todo o país. Ele citou a necessidade de melhorar o armazenamento e a distribuição de energia limpa. “É fundamental acelerar o leilão de baterias para ampliar a eficiência do sistema”, afirmou.
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O governador também apontou a importância de fortalecer a indústria nacional com incentivos que estimulem uma base produtiva sustentada em energia renovável.
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