A Comissão Arns de direitos humanos divulgou nota em que expressa consternação pelas mortes da operação policial no Rio de Janeiro e manifesta solidariedade às famílias das vítimas.
“Lamentamos também pelas pessoas feridas e aterrorizadas, que sofreram traumas em função do despreparo das autoridades incumbidas de zelar pela segurança pública”, diz a ONG.
Segundo a entidade, há desrespeito sistemático cometido pelo governo Claudio Castro contra populações vulneráveis e falhas na conduta das forças de segurança.
“A sucessão de chacinas promovidas por tropas armadas, nas regiões mais pobres da cidade do Rio de Janeiro, vem marcando recordes sequenciais no número de óbitos. O descontrole demonstra que o inaceitável se acomodou em padrão de conduta do Estado, a despeito do direito à vida da comunidade dos cidadãos fluminenses, especialmente dos mais frágeis”, diz a nota.
Para a Comissão Arns, “o Estado, além de não ser mais capaz de oferecer segurança pública, segundo as melhores técnicas de ação policial, vem se convertendo em promotor da insegurança, do desespero e do mais absoluto desconsolo”.
A entidade ainda critica Castro por ter reclamado da falta de apoio do governo federal e ter qualificado a operação, que deixou oficialmente 119 mortos, de um sucesso.
“Seu descaso com a vida chega a ser infamante, diante dos padecimentos de seus concidadãos. Essa displicente morbidez precisa ser contida imediatamente”.
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