
Passos avante em Berlim rumo a um acordo de paz sobre a Ucrânia. Parece haver um acordo sobre garantias de segurança e adesão à UE, mas a questão das transferências territoriais para a Rússia permanece. Zelensky adverte: “A Ucrânia não reconhecerá Donbas como território russo”
Vatican News
“Hoje estamos mais perto do que nunca” de um acordo que ponha fim à guerra com a Rússia, disse o presidente dos EUA, Trump, que descreveu “uma excelente conversa com líderes europeus” à margem do novo dia de negociações de segunda-feira em Berlim entre o presidente Zelensky, a delegação dos EUA liderada pelo enviado Witkoff e os principais chefes de Estado e de governo europeus. O presidente dos EUA também relatou ter conversado recentemente com Putin.
Proposta de uma Força Europeia
O projeto discutido na capital alemã inclui “fortes garantias de segurança” semelhantes ao Artigo 5 da OTAN, um exército ucraniano de 800.000 soldados e a adesão da Ucrânia à UE, de acordo com a Casa Branca, que afirma que “90% das questões foram resolvidas”. Surge também a proposta de uma “força multinacional” liderada pela Europa e apoiada pelos EUA para defender Kiev. A força “contribuirá para a regeneração das forças armadas ucranianas, a segurança do espaço aéreo ucraniano e a proteção de seus mares, inclusive por meio de operações dentro da Ucrânia”, segundo uma declaração conjunta assinada por Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Polônia, Finlândia, Noruega, Suécia, Holanda e os chefes das instituições da UE.
Decisão sobre ativos russos aguardada
Persistem divergências sobre as transferências territoriais, com a Rússia buscando anexar todos os territórios nas regiões ucranianas ocupadas. “Não reconheceremos Donbass como território russo”, declarou Zelensky. “A paz deve ser justa. A dignidade da Ucrânia é importante”, acrescentou o presidente ucraniano. Zelensky, no entanto, falou em conversas produtivas e reiterou seu apelo para o uso dos ativos russos congelados, um tema que será central no último Conselho Europeu do ano, que reunirá todos os países da UE entre quinta e sexta-feira. Eles serão chamados a decidir se os ativos de Moscou, congelados em bancos europeus, podem ser usados para a defesa da Ucrânia.
Fonte: Vatican News