
O governo dos Estados Unidos anunciou o fim das tarifas de 40% sobre produtos agrícolas brasileiros na mesma semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réu o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado de articular sanções norte-americanas contra o Brasil desde março. A medida ocorre em meio a movimentações políticas que envolvem o governo federal e a oposição.
No mesmo período, o processo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado avançou para a fase de execução da pena. Condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, ele passa a ter a possibilidade de prisão considerada imediata.
Parlamentares aliados de Bolsonaro tentavam aprovar uma anistia “ampla e irrestrita”, mas entre os deputados ganhou força apenas a discussão sobre redução de penas para envolvidos na tentativa de golpe. O texto relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) perdeu prioridade em razão das discussões sobre o Projeto de Lei Antifacção.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a análise sobre anistia só deveria retornar após eventual prisão de Bolsonaro. Já o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), chegou a indicar retomada do debate, mas o tema enfrenta resistência devido ao desgaste provocado por votações recentes, como a PEC da Blindagem.
Após o anúncio do governo norte-americano, Eduardo Bolsonaro afirmou que o recuo “nada tem a ver” com a atuação diplomática do governo Lula e atribuiu a decisão ao aumento da inflação nos Estados Unidos. Parlamentares governistas reagiram, e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), declarou: “Hoje o país coleta os frutos de uma política externa responsável, capaz de proteger nossa economia, ampliar mercados e reconstruir a credibilidade perdida. É preciso dizer: vencemos os traidores da pátria!”.
Veja mais em Portal Ceará



