
A presidente do PSOL, Paula Coradi, criticou a decisão do presidente Lula (PT) de sancionar uma lei que proíbe o uso de expressões de gênero neutro na comunicação da gestão pública e afirmou que o debate não deveria ser reduzido “a uma mera disputa política”.
A lei sancionada pelo presidente proíbe órgãos de governo de “usar novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa, em contrariedade às regras gramaticais consolidadas”.
Coradi argumenta que a discussão “deve continuar a ser feita com educadores, linguistas, escolas, movimentos sociais e instituições”. “O Brasil é um país plural, e a língua é viva, se modifica de modo constante e sempre se modifica a partir da própria sociedade”, afirma.
“O PSOL respeita o processo democrático, mas avalia, contudo, como equivocada a sanção da lei”, complementa. “Nosso partido tem compromisso com o combate à discriminação e a garantia de que cada pessoa seja reconhecida em sua dignidade.”
O partido usou recentemente o gênero neutro em suas atividades internas. Em março de 2024, uma instância ligada à direção nacional do PSOL divulgou comunicado usando essa linguagem.
Também no ano passado, uma cantora entoou o hino nacional com uso da linguagem neutra em evento de campanha de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de Sã o Paulo.
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