
Alvo de críticas da família Bolsonaro, a deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) sugere que o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) seja candidato ao Senado por Rondônia, Acre ou Roraima no ano que vem.
Seria uma forma, diz ela, de resolver a crise na direita de Santa Catarina criada após o anúncio da intenção de Carlos de buscar um mandato de senador pelo estado.
Ao criticar a intenção, Campagnolo entrou na mira do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), do próprio Carlos e de outras pessoas próximas da família, que a acusaram de ingratidão e até traição.
“Poderia se resolver tranquilamente [o impasse] se o Carlos optasse por um estado que precisa mais dele, como Rondônia, Acre ou Roraima, onde o presidente Bolsonaro teve muitos votos e o estado carece de lideranças”, diz ela.
“Mas essa iniciativa em favor do Brasil precisa partir do próprio Carlos, que acredito que tem um bom coração e pensará no melhor para todos”, acrescenta.
O filho do presidente, no entanto, não dá sinais de que vá mudar de ideia e escolher outro estado.
Conservadora e declaradamente antifeminista, Campagnolo sempre foi uma das mais fiéis bolsonaristas catarinenses, até expor sua divergência quanto à “importação” de Carlos, que ocupará o lugar de políticos do estado na chapa ao Senado.
Ela diz acreditar que a situação será superada, sobretudo com Eduardo Bolsonaro, que tem dirigido as críticas mais duras a ela.
“Fiquei triste de pensar que poderia perder a amizade do Eduardo, mas não creio que isso acontecerá. Acredito que ele mantém o mesmo carinho por mim que tenho por ele, e tudo vai se ajeitar em breve”, afirmou.
Ela também nega que pense em sair do PL, em razão da crise. “Sou presidente do PL Mulher em Santa Catarina e continuo trabalhando incansavelmente por mais filiações e para termos candidatas cada vez mais fortes no nosso partido. Eu me sinto em casa no PL e tenho a confiança dos líderes partidários”, disse.
Campagnolo diz que não tem externado essas opiniões por interesse próprio, pois deve disputar novo mandato de deputada estadual em 2026. “Não é uma questão pessoal para mim. É uma questão de princípios, em defesa do meu estado”, afirma.
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