
O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), autor do projeto que equipara facções criminosas a grupos terroristas, diverge do relator do texto, Guilherme Derrite (PP-SP), sobre condicionar a atuação da Polícia Federal no combate ao crime organizado a pedido do governo estadual ao Ministério da Justiça.
Para ele, os casos envolvendo enfrentamento a organizações criminosas deveriam ser federalizados.
“O meu projeto original é diferente do relatório do Derrite. Eu proponho federalizar os casos, porque acho que a Justiça federal é mais ágil do que as Justiças estaduais e é menos corrupta”, diz. “No meu projeto inicial eu propunha que houvesse uma integração de todas as forças de repressão.”
O parlamentar avalia que as Forças Armadas estão ociosas no Brasil e que poderiam contribuir com a logística de enfrentamento ao crime organizado. “Hoje, para ter atuação do Exército e das Forças Armadas. é preciso a tal da GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Não é necessário isso. O combate ao crime organizado é permanente”, argumenta.
Forte afirma que, sozinhas, Polícia Civil e Militar não têm condições de fazer o enfrentamento ao crime organizado.
O deputado também critica a oposição do governo federal em relação à equiparação das organizações criminosas a grupos terroristas. “Quando eu elaborei o projeto, a primeira coisa que eu fiz foi ir ao Ministério da Justiça. Eu tive a oportunidade de me reunir lá duas vezes. E já senti, nas reuniões que eu tive, um certo descaso, uma certa falta de compromisso com a construção da solução.”
O autor da proposta elogia a indicação de Derrite para relatar o texto. “Eu sei do compromisso dele com o segmento da segurança”, diz. “Eu sei que ele tem compromisso por causa da formação dele e por causa da vida profissional que ele tem.”
Ambos vão se reunir nesta terã-feira (11) para discutir o projeto, segundo o parlamentar.
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