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Na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, o Papa recordou a Festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão, celebrada neste domingo. “Neste dia da Dedicação da Basílica de Latrão, contemplamos o mistério de unidade e comunhão com a Igreja de Roma”, disse ele, ressaltando que “a Catedral da Diocese de Roma representa também o centro propulsor da fé, confiada e guardada pelos Apóstolos, e da sua transmissão ao longo da história”.
Mariangela Jaguraba – Vatican News
Após celebrar a missa na Basílica de São João de Latrão, neste domingo (09/11), Leão XIV regressou, ao Vaticano, e conduziu a oração mariana do Angelus.
Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice proferiu algumas palavras sobre a Festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão, celebrada neste domingo.
Neste dia da Dedicação da Basílica de Latrão, contemplamos o mistério de unidade e comunhão com a Igreja de Roma, chamada a ser a mãe que cuida com solicitude da fé e do caminho dos cristãos espalhados pelo mundo.
“A Catedral da Diocese de Roma e, como sabemos, sede do sucessor de Pedro não é apenas uma obra de extraordinário interesse histórico, artístico e religioso, mas representa também o centro propulsor da fé, confiada e guardada pelos Apóstolos, e da sua transmissão ao longo da história”, disse ainda o Papa Leão. “A grandeza deste mistério brilha também no esplendor artístico do edifício que, precisamente na nave central, acolhe doze grandes imagens dos Apóstolos, primeiros seguidores de Cristo e testemunhas do Evangelho”, sublinhou.
Isto remete para uma visão espiritual, que nos ajuda a ir além da aparência exterior, compreendendo no mistério da Igreja muito mais do que um simples lugar, um espaço físico, uma construção feita de pedras; na verdade, como nos sugere o trecho do Evangelho de hoje, no qual se conta o gesto de purificação realizado por Jesus no Templo de Jerusalém, o verdadeiro santuário de Deus é Cristo morto e ressuscitado. Ele é o único mediador da salvação, o único Redentor, Aquele que, unindo-se à nossa humanidade e transformando-nos com o seu amor, representa a porta que se escancara para nós e nos conduz ao Pai.
“Unidos a Ele, também nós somos pedras vivas deste edifício espiritual. Somos a Igreja de Cristo, o seu corpo, os seus membros chamados a difundir no mundo o seu Evangelho de misericórdia, consolação e paz, através daquele culto espiritual que deve resplandecer em primeiro lugar no nosso testemunho de vida”, disse ainda Leão XIV.
Irmãos e irmãs, é para este olhar espiritual que devemos treinar o nosso coração. Muitas vezes, as fragilidades e os erros dos cristãos, juntamente com tantos lugares-comuns e preconceitos, impedem-nos de compreender a riqueza do mistério da Igreja.
“Efetivamente, a sua santidade não reside nos nossos méritos, mas na «liberalidade da entrega do Senhor que nunca foi revogada» e que continua a escolher «como receptáculo da sua presença, num amor paradoxal, também e precisamente as mãos sujas dos homens»”, disse ainda o Papa, citando as palavras de Bento XVI.
“Caminhemos, pois, na alegria de sermos o Povo santo que Deus escolheu e invoquemos Maria, Mãe da Igreja, para que nos ajude a acolher Cristo e nos acompanhe com a sua intercessão”, concluiu o Leão XIV.
Fonte: Vatican News