

A publicação valoriza o protagonismo dos pequenos negócios e das comunidades locais, inspirando políticas públicas e parcerias para um futuro mais sustentável.
A abordagem proposta foi concebida a partir da análise de experiências e diretrizes nacionais e internacionais para o planejamento climático, englobando fundamentos de importantes acordos e compromissos mundiais, como a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O resultado é um guia inovador, que integra, em uma mesma metodologia, as perspectivas da adaptação e da construção de resiliência, bem como o enfoque em ecossistemas, gênero e direitos humanos. Trata-se, também, de um material orientado para a prática, que oferece instrumentos de apoio para a construção dos planos e recomendações para que esse processo ocorra de forma inclusiva, participativa e com igualdade de oportunidades entre todas as pessoas.
Como recurso adicional, o guia acompanha um kit de ferramentas para facilitar a elaboração dos planos, que é composto pelos seguintes instrumentos:- – Um conjunto de matrizes em formato editável para a aplicação da metodologia proposta. Um formulário para a redação dos planos a partir do modelo sugerido.
O material se destina principalmente a gestoras e gestores públicos e ao pessoal técnico envolvido com a temática de adaptação e resiliência no âmbito municipal e regional no estado de São Paulo, bem como a membros de projetos e organizações que atuam na área e a tomadores e tomadoras de decisões em todos os níveis e esferas de governança.
De forma mais ampla, o guia também é oferecido como legado da experiência do projeto para outros estados e pessoas interessadas no tema, na perspectiva de contribuir para a implementação da adaptação e o aumento da resiliência climática em todo o país.
Como utilizar este guia

A segunda parte do guia detalha as etapas e os procedimentos propostos para o planejamento, trazendo os seguintes tópicos: – A visão geral do ciclo de elaboração do plano e as recomendações para a aplicação das diretrizes transversais nesse processo. – A descrição de cada etapa do ciclo, com as instruções para sua realização.
– Os instrumentos de apoio oferecidos para cada etapa, que correspondem a matrizes para o levantamento, a sistematização e a análise das informações a serem consideradas na elaboração do plano, com exemplos que demonstram como utilizá-las. Os modelos das matrizes para preenchimento estão disponíveis em arquivos editáveis no kit de ferramentas complementares ao guia.
A terceira parte do documento traz uma proposta de estrutura e roteiro para a composição do plano, integrando as informações obtidas ao longo das etapas do planejamento. O roteiro também pode ser utilizado para o preenchimento do formulário com a estrutura sugerida para o plano que faz parte do kit de ferramentas complementares.
Os “dez passos essenciais para construir cidades resilientes” preconizados pela campanha são os seguintes:
1. Organizar-se para a resiliência frente aos desastres.
2. Identificar, compreender e utilizar os cenários de riscos atuais e futuros.
3. Investir – fortalecer a capacidade financeira para melhorar a resiliência.
4. Promover um desenvolvimento e um desenho urbano resiliente.
5. Proteger as zonas naturais de amortecimento para melhorar a função de proteção proporcionada pelos ecossistemas naturais.
6. Institucionalizar – fortalecer a capacidade institucional para melhorar a resiliência.
7. Social – compreender e fortalecer a capacidade social para melhorar a resiliência.
8. Infraestrutura – incrementar a resiliência de infraestrutura.
9. Responder – assegurar a efetividade da preparação e resposta aos desastres.
10. Reconstruir – acelerar a recuperação com melhor reconstrução.
A primeira etapa do ciclo de elaboração do plano, foram evidenciadas as alterações climáticas que podem afetar o território, as áreas a serem focadas no planejamento, os sistemas de interesse e ecossistemas em maior risco e os objetivos específicos preliminares para o plano de adaptação e resiliência. Agora, é preciso identificar os fatores que contribuem para a vulnerabilidade e o risco climático nos sistemas de interesse envolvidos em cada um dos objetivos específicos listados. As noções de risco e vulnerabilidade são definidas pela correlação entre os elementos descritos a seguir. A terminologia adotada neste guia tem como base os conceitos propostos pelo IPCC (2014). Componentes do risco climático – O risco climático representa a probabilidade de uma ameaça/ perigo e seus impactos potenciais ocorrerem. – Esses possíveis impactos são determinados pelo grau de exposição e pela vulnerabilidade do sistema em questão a tal ameaça/perigo.
– A vulnerabilidade é dada por uma relação entre a sensibilidade do sistema (grau em que ele pode ser afetado) e a sua capacidade de adaptação. Guia de adaptação e resiliência. https://ce.agenciasebrae.com.br/wp-admin/post-new.php
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Fonte: SEBRAE

