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Potência artística do Brasil não está só no audiovisual, diz Paloma Bernardi


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Aos 40 anos recém-completos, Paloma Bernardi diz estar vivendo uma de suas melhores fases. Após um ano em turnê pelo Brasil com a peça “O Cravo e a Rosa”, que protagoniza ao lado de Marcelo Faria, ela leva o espetáculo a Portugal no dia 20 de novembro.

“Vamos passar por Braga, Lisboa e Porto”, diz, em entrevista à Folha de S.Paulo. Impulsionado pelo sucesso das novelas, o teatro brasileiro vive bom momento em Portugal. Claudia Raia, Cristiane Torloni, Antonio Fagundes e Luana Piovani, por exemplo, estiveram recentemente em cartaz no país.

“O Brasil é muito potente artisticamente e não só no audiovisual”, diz Paloma. “A gente quer romper essas fronteiras, levando também o nosso teatro”. Na verdade, é uma via de mão dupla: com a novela em cartaz na TV portuguesa, fica ainda mais propício engajar o público.

ADAPTAÇÃO DA ADAPTAÇÃO

Escrita em 2000 por Walcyr Carrasco, “O Cravo e a Rosa” é até hoje uma das telenovelas brasileiras de maior sucesso. A trama é inspirada em “A Megera Domada”, clássico de Shakespeare de 1594, e ambientada no Brasil de 1920, no contexto da urbanização de São Paulo e da primeira onda do feminismo. A peça, dirigida por Pedro Vasconcellos, é a readaptação dessa história para os palcos.

Palomo descreve sua personagem, a quem define como atemporal: “Catarina é essa mulher não quer casar de maneira nenhuma, mas o Petrucchio, com seu jeitinho ogro, acaba domando o coração dela”, diz. “Ela é muito à frente do seu tempo, em 1920 já pensava na sua independência, em ter seu espaço, sair dessa configuração de casar e ter filhos, a única coisa possível para as mulheres até então”.

SOLITUDE

Por falar em casar e ter filhos, Paloma está solteira desde 2022, e diz se identificar com a personagem nesse aspecto. Vivendo uma fase de “solitude”, ela conta que a maturidade lhe trouxe autoconhecimento, confiança e autenticidade para ser quem é.

“Acho que chego aos 40 como uma jovem mulher. Jamais vou perder a essência da menina Paloma, mas agora olho para minha trajetória artística e pessoal e me sinto cada vez mais conectada comigo, fazendo escolhas melhores, entendendo meus limites”, diz.

“Estamos vivendo um bom momento para as mulheres de 40. Estamos nos valorizando. Falo por mim, mas sinto isso nas rodas de conversa com mulheres da minha idade. As mulheres, antigamente, dependiam muito de aprovação do outro, seja no trabalho, na vida pessoal, na vida afetiva. Hoje, a gente consegue viver a solitude, e não a solidão”, diz. “Estou vivendo uma solitude concreta, palpável e muito boa, que me faz ser mais leve, viver o meu presente com mais afinco, sem desespero, sem stress.”

ARCANJO RENEGADO

Longe das novelas desde “Reis” (2023), na Record, Paloma volta às telinhas nesta quinta-feira (6), no streaming. Ela está na quarta temporada de “Arcanjo Renegado” (Globoplay) na pele da evangélica Elaine Caroline.

“É uma personagem que me tira da zona de conforto. Ela tem várias camadas”, adianta. “Ela é uma mulher evangélica e muito rica, que busca refúgio na igreja após se separar do marido e dedica seu dinheiro a projetos sociais. Mas isso é só uma primeira camada da personagem, essa mulher do bem. Ela me desafia em outros lugares. Não posso dar spoilers, mas ela tem um mistério, uma personalidade dupla.”

Após a temporada portuguesa, “O Cravo e a Rosa” ainda passa por São Paulo e Rio de Janeiro, diz a atriz. “Meus 40 anos foram muito bem celebrados, com gratidão, ao lado da minha família e fazendo tudo o que eu gosto”, completa. Ou quase tudo. Por causa da turnê do outro lado do Atlântico, Paloma ficará de fora do Carnaval.

“Carnaval não é só ir para a avenida, o trabalho precisa começar muito tempo antes. Tem que estar envolvido na comunidade”, diz ela, que desfilou por seis anos pela Grande Rio, dois como rainha de bateria. “E agora o trabalho está me levando a Portugal, então não conseguiria conciliar os ensaios. Ano que vem, vou só prestigiar”, diz.

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Fonte: Notícias ao Minuto

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