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Segundo notícias divulgadas pelo UNICEF, pelo menos 17 crianças, (nove meninas e oito meninos), entre as quais um recém-nascido de sete dias, foram mortas, sábado 11/10/25, de manhã num ataque contra o centro de deslocados, Dar al-Arqam, em Al Facher, no Darfur do Norte. Outras vinte e uma crianças terão ficado feridas.
Vatican News
O ataque aconteceu numa estrutura que acolhe famílias deslocadas devido ao conflito na região.
“Este devastador ataque contra crianças e famílias já deslocadas e à procura de segurança, é uma injúria” – declarou Catherine Russell, Diretora Geral do UNICEF, que acrescentou: “matar e ferir crianças é uma grave violação dos seus direitos, e os ataques contra os civis em lugares que deveriam garantir segurança e refúgio, são inaceitáveis.”
Al Fasher está cercado pelas Forças de Suporto Rápido (RSF) há mais de 500 dias, com graves restrições ao movimento das pessoas, acesso a alimentação, água e curas médicas. Os civis, entre os quais um grande número de crianças, já passaram por repetidos bombardeamentos e deterioração das condições de vida.
Diversas zonas do Norte do Darfur estão, desde há meses, em condições de carestia e a segurança alimentar assim como a situação nutricional das crianças já atingiram níveis catastróficos. As famílias sobrevivem com rações mínimas e a má-nutrição aguda grave entre as crianças está a aumentar fortemente. As estruturas sanitárias assinalam um aumento de mortes de crianças por fome e doenças que se poderiam prevenir. A interrupção das vias de refornecimento, os saques dos comboios humanitários e a recursa em consentir o acesso de ajudas humanitárias tornaram quase impossível levar avante ações de assistência – sublinha o UNICEF que pede:
– A cessação imediata das hostilidades em todo o Sudão, incluindo Al Fasher, e o levantamento do cerco.
– O respeito do Direito Internacional Humanitário, incluindo a proteção dos civis e das infraestruturas civis.
– Um corredor seguro para os civis, incluindo as crianças e as suas famílias, garantindo-lhes proteção e dignidade.
– Um acesso humanitário seguro e sem obstáculos às populações atingidas.
– Assunção de responsabilidades da parte daqueles que perpetraram ataques contra civis, incluindo crianças.
O comunicado do UNICEF realça que, não obstante as graves dificuldades de acesso e de segurança, este organismo da ONU para a Infância continua a garantir assistência salva-vida e serviços de proteção a crianças no Sudão, incluindo serviços de saúde, nutricional, hídrico e higiénico.
Fonte: Vatican News
