
A Comissão Arquidiocesana da Educação Católica de Nampula (norte de Moçambique) promoveu, no último fim-de-semana, um retiro espiritual na escola das Irmãs Maria Rainha, em Marrere, no contexto do Ano Jubilar. O encontro juntou professores católicos, membros da APCM e agentes da pastoral, com momentos de reflexão, partilha e uma Missa de acção de graças celebrada pelos padres Francisco Augusto e Olímpio Chico.
Cremildo Alexandre – Nampula, Moçambique
Arquidiocese de Nampula, norte de Moçambique, viveu no último fim-de-semana, um momento de fé, reflexão e comunhão no retiro espiritual da Comissão Arquidiocesana da Educação Católica, realizado na escola das Irmãs Maria Rainha, na paróquia de Marrere. O encontro enquadrou-se no contexto do Ano Jubilar, reunindo professores católicos, membros da Associação dos Professores Católicos de Moçambique (APCM) e outros agentes da pastoral educativa.
O Padre Francisco Augusto, coordenador da Comissão Arquidiocesana da Educação Católica, destacou que a iniciativa é parte do caminho jubilar:
“Estamos aqui para reflectir sobre a nossa missão como educadores e evangelizadores. Somos chamados a evangelizar educando e a ser sal da terra e luz do mundo, numa Igreja sinal de reconciliação e de esperança. A mensagem que fica é que não basta ensinar com palavras: o professor católico deve ser testemunho de fé e esperança no seu trabalho e na sua comunidade”, afirmou.
A primeira parte foi dedicada à reflexão sobre o papel do professor católico, com o tema: “Professor católico, sal da terra e luz do mundo, numa Igreja sinal de reconciliação e de esperança”.
A segunda parte, os participantes celebraram a Eucaristia de acção de graças, animada por cantos jubilosos e marcada pela participação activa dos professores. A celebração foi presidida por um dos sacerdotes e concelebrada pelo outro, num ambiente de alegria e espiritualidade.
Na homilia, o Padre Olímpio Chico sublinhou a necessidade de viver a fé no quotidiano, alertando para os perigos de uma vida centrada apenas na riqueza e esquecida de Deus:
“O problema não é ter bens, mas quando a riqueza nos afasta de Deus e se torna o nosso ídolo. Como professores, somos chamados a testemunhar Cristo, a viver o compromisso do baptismo e a assumir a missão de educar como um verdadeiro ministério de serviço”, exortou.
O sacerdote recordou ainda que ser professor é uma vocação exigente e nobre:
“Educar não é apenas transmitir conhecimentos, é formar pessoas, dar exemplo de vida. Somos chamados a ser diferentes, mesmo enfrentando dificuldades, pois a nossa missão é servir com responsabilidade e autenticidade.”
No final do retiro, alguns participantes partilharam a experiência vivida. Lourenço Mourinho, professor católico da paróquia São Francisco Xavier, afirmou:
“Saio daqui com a mensagem de mudança de comportamento e de compromisso. O professor católico deve ser luz para a sociedade e assumir a missão de educar não só alunos, mas também a comunidade em geral.”
Já Alexandre João, secretário da Comissão Diocesana da Educação, sublinhou a importância do encontro:
“Foi um evento muito significativo porque está integrado no jubileu. É uma oportunidade de nos renovarmos como professores católicos e de assumir a missão de evangelizar educando. Espero que possamos repetir momentos como este anualmente.”
O encontro terminou com o apelo do Padre Francisco Augusto para a preparação do encerramento do Ano Jubilar da Educação, previsto para novembro:
“Queremos exortar todas as comunidades e paróquias a colaborarem para que o encerramento seja feito com dignidade, como sinal de compromisso da pastoral da educação.”
Assim, o retiro espiritual não apenas fortaleceu a fé e a comunhão entre os professores católicos, mas também reforçou a sua missão como educadores e evangelizadores, inspirando-os a serem verdadeiros sinais de esperança e reconciliação na sociedade moçambicana.
Fonte: Vatican News


