
Dois policiais militares foram condenados a um total combinado de 591 anos de prisão pela participação na Chacina do Curió, crime ocorrido em novembro de 2015, em Fortaleza. O julgamento, realizado na 1ª Vara do Júri, teve duração de quase 45 horas e foi concluído no final da noite desta quinta-feira (25).
Os réus Marcílio Costa de Andrade e Luciano Breno Freitas Martiniano foram considerados culpados por 11 homicídios qualificados, 3 tentativas de homicídio e tortura. Além das penas, ambos perderam os cargos na Polícia Militar do Ceará (PMCE).
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As penas
- Marcílio Costa: 315 anos, 11 meses e 10 dias de prisão.
- Luciano Breno: 275 anos e 11 meses de prisão.
A Justiça determinou o cumprimento em regime fechado e negou aos réus o direito de recorrer em liberdade. Eles deixaram o Fórum Clóvis Beviláqua sob escolta policial.
O massacre
A chacina aconteceu na comunidade do Curió, na Grande Messejana, área periférica da capital cearense. Foram 11 vítimas assassinadas, a maioria jovens entre 16 e 18 anos, sem antecedentes criminais. O episódio ocorreu horas depois da morte de um soldado da PM em uma tentativa de assalto, apontada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) como motivação para a ação dos agentes.
Segundo a acusação, Marcílio Costa articulou a presença de policiais no local para o ataque, que se transformou em uma das maiores chacinas da história recente do Ceará.
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do Curió. No total, 45 policiais militares foram denunciados, dos quais 30 foram levados a júri popular. Até agora:
- 21 foram absolvidos
- 8 foram condenados
Os processos seguem tramitando na Justiça cearense.
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