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Tarcísio é candidato à reeleição, avalia ministro de Lula filiado a partido do governador

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que não vê o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como candidato à Presidência no ano que vem. O ministro, que é companheiro de partido do governador no Republicanos, afirma que uma campanha à reeleição é o cenário mais provável.

“[Tarcísio] me diz que as principais obras dele demoram em torno de quatro, cinco, seis anos”, disse sobre o governador de São Paulo, com quem afirma ter boa relação. “Ele precisa se consolidar como governador para que possa disputar a presidência da República no futuro.”

A candidatura de Tarcísio é defendida por políticos do centrão, incluindo legendas que fazem parte do governo Lula (PT), como o Republicanos.

Na avaliação de Costa Filho, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não abrirá mão de apresentar um candidato que faça parte de sua família, com o objetivo de preservar a força política do clã.

“Qualquer candidatura de centro, o Tarcísio, o Zema [Romeu Zema, governador de Minar Gerais], o Ratinho Júnior [governador do Paraná], o Ronaldo Caiado [governador de Goiás], qualquer candidatura dessa significa o arquivamento do bolsonarismo no Brasil”, diz Costa Filho em participação no C-Level Entrevista, videocast semanal da Folha.

Em meio às movimentações de lideranças do centrão por uma candidatura de oposição no ano que vem, o ministro filiado ao Republicanos afirmou que o atual presidente sairá vitorioso na disputa pela reeleição.

“Eu sou lulista”, disse. “Quem estiver apostando que o governo chegará fragilizado em 2026 vai errar. O governo do presidente Lula vai chegar muito forte, e o presidente Lula vai se reeleger presidente da República.”

Costa Filho afirmou que pretende concorrer ao Senado por Pernambuco em 2026, numa chapa com João Campos (PSB) para governador.

“Nosso projeto hoje é disputar o Senado em Pernambuco ao lado do futuro governador, João Campos, que eu acho que o Brasil ainda vai ouvir falar muito de João”, afirmou.

Ele disse ainda que a elite financeira do país tem dificuldade de enxergar avanços econômicos do governo Lula e atribuiu esse comportamento ao que chamou de “questão de pele”. Ele citou o que seria uma dificuldade de enxergar avanços na economia durante o atual mandato.

“Há muitas vezes uma questão de pele”, diz, empilhando dados econômicos. “Nós estamos crescendo em torno de 3% do PIB, [temos] o menor desemprego da história, a indústria crescendo 4%, exportações batendo recorde.”

Costa Filho, que se licenciou do cargo de deputado para assumir o Ministério de Portos e Aeroportos, afirmou que votaria contra a anistia pelos atos golpistas, mas disse ser a favor da revisão das penas aos condenados pelos ataques golpistas do 8 de janeiro.

Sob pressão do centrão e da base parlamentar bolsonarista, a Câmara aprovou um requerimento de urgência para uma proposta de anistia. Os parlamentares ainda vão definir se votam um perdão amplo ou apenas uma redução de pena, que pode beneficiar tanto os os condenados por participação direta nos atos golpistas do 8 de Janeiro como o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Se eu estivesse no Congresso, eu votaria contra a anistia”, afirma. “Mas acho que a gente precisa fazer uma reflexão sobre as tipificações. Algumas penas que foram colocadas, na minha avaliação, houve excessos, mesmo respeitando a posição do Supremo Tribunal Federal.”


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