
Partidos que comandam ministérios do governo Lula (PT) foram responsáveis por 58% dos votos que levaram à aprovação do requerimento de urgência de projeto que anistia os condenados pelos atos golpistas.
Republicanos, PP e União Brasil tiveram mais de 80% da bancada na Câmara favorável ao texto. PSD e MDB também registraram votos pela aprovação do texto que acelera a tramitação da proposta.
No total, 311 deputados foram favoráveis ao requerimento de urgência, sendo que 181 são de partidos com ministros no governo Lula (PT). Foram 163 votos contra e 7 abstenções.
A aprovação da urgência é uma derrota para o governo Lula e leva o tema da anistia diretamente para o plenário, sem passar por comissões. Os parlamentares discutirão, a partir de agora, se aprovarão um perdão amplo, que envolva até o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ou um projeto para reduzir as penas, como negociado nos bastidores com alas do STF (Supremo Tribunal Federal).
A orientação do governo era de impedir o avanço desse tema. Como a Folha mostrou, parlamentares foram alertados de que o Executivo poderá rever indicações de cargos na estrutura federal de quem apoiasse o texto.
Além disso, a avaliação entre aliados de Lula é que a aprovação da anistia representaria uma vitória para o governo Donald Trump, que iniciou uma ofensiva contra o país num criticar o julgamento de Bolsonaro.
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