
Os Correios culpam a falta de investimentos durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-22) pela crise financeira sem precedentes que vivem.
Em resposta a um requerimento de informações apresentado pelo deputado federal Luiz Carlos Motta (PL-SP), a estatal vislumbra um alívio em suas contas com a possibilidade de receber R$ 1,6 bilhão neste ano, conforme aprovado em seu orçamento.
Segundo a empresa, foram R$ 447 milhões de investimentos no período de 2019 a 2022, ante R$ 792 milhões em 2023 e 2024.
“O contexto enfrentado atualmente pela estatal é reflexo de decisões pretéritas, especialmente no período de 2019 a 2022, quando houve severa restrição de investimento”, diz Geverson Nery de Albuquerque, assessor especial da presidência da empresa, em ofício entregue à Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados. “Essa limitação comprometeu a competitividade da empresa”, completa.
Para tentar reverter a situação financeira complicada, a estatal também se comprometeu a racionalizar suas despesas e adotar medidas como a redução da jornada de trabalho para seis horas, com redução proporcional do salário e o incentivo ao desligamento voluntário.
A empresa registrou um prejuízo de R$ 4,37 bilhões no primeiro semestre deste ano.
Reportagem da Folha, publicada em junho, mostrou que a empresa lidava com atraso no aluguel de agências, falta de pagamento de terceirizados e dificuldades no atendimento do plano de saúde dos funcionários.
A situação levou o presidente da empresa, Fabiano Santos, a pedir demissão.
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