O Brasil parou para ver o julgamento que levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e crimes correlatos.
Advogados, ministros da corte e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, foram os protagonistas das sessões na Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) que já entraram para a história, mas havia muito mais gente por trás.
Entre eles, dezenas de jornalistas, policiais e assessores, cujo trabalho a Folha registrou em ensaio fotográfico.
Para o julgamento que marcou a primeira punição a um ex-presidente e generais por tentativa de golpe, o esquema de segurança foi reforçado.
Foram feitas varreduras nas casas dos ministros, e o acesso à praça dos Três Poderes foi restrito. Houve reforço do policiamento no tribunal, com agentes de segurança dormindo na sede da corte e drones de monitoramento.
O credenciamento para jornalistas foi limitado e organizado com antecedência. Como no plenário não foi permitido fazer gravações, repórteres de TV e portais de notícias se organizaram para a entrada ao vivo na parte térrea do prédio onde ficam as turmas do STF, área também acessada apenas com credencial.
Uma tenda foi montada para jornalistas no térreo do prédio de turmas. Como não são permitidas comidas e bebidas no plenário, foi neste local que os jornalistas se alimentaram, principalmente nos dias de longa jornada, como aconteceu na sessão do voto do ministro Luiz Fux, com cerca de 12 horas de duração.
Para registrar as imagens do tribunal, foram credenciados cerca de 20 fotógrafos de diversos veículos. A entrada era liberada um pouco antes de a sessão começar. Após a entrada dos ministros, os profissionais tinham apenas cinco minutos para fotografar e capturar imagens antes de deixar o plenário.
Ao final das sessões e durante os intervalos, os advogados saíam pelo térreo do STF, onde eram abordados pelos jornalistas, no chamado “quebra-queixo” —jargão jornalístico para entrevista rápida e improvisada, geralmente feita em pé.
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