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IPCA de agosto registra deflação de 0,11% puxada por energia, alimentos e transportes

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, registrou queda de 0,11% em agosto, a primeira deflação do ano. O resultado foi influenciado principalmente pelos grupos Habitação (-0,90%), Alimentação e bebidas (-0,46%) e Transportes (-0,27%), que juntos retiraram 0,37 ponto percentual do índice geral.

Na energia elétrica, o recuo foi de 4,21% em função do bônus de Itaipu, creditado nas faturas de agosto. No grupo alimentação, os destaques foram as quedas do tomate, batata-inglesa, cebola, arroz e café Já nos transportes, os preços de gasolina, etanol e passagens aéreas tiveram retração.

O conselheiro do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), Guidi Nunes, avalia que o alívio em agosto foi condicionado a fatores específicos. “Assim, o fator principal que pesou nessa influência foi o fator habitação, particularmente energia, que é o bônus de Itaipu. Na parte de energia, teve um desconto de 4,2%, que é só para agosto. Não vai ter, em setembro, esse desconto, então ela volta à normalidade”, aponta.

Com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,15% no ano e 5,13% em 12 meses.

Para o conselheiro, trata-se de um quadro positivo: “Esse cenário todo, inflacionário brasileiro é um cenário benigno. O Banco Central ainda tem uma taxa de juros alta, perseguindo a meta de inflação de 3%, sendo que o teto é 4,5%, e a inflação tem ficado, nos últimos seis anos, na faixa de 5%.”

IPCA: diferenças regionais  

O comportamento do IPCA em agosto variou entre as capitais (ver tabela abaixo). Vitória (ES) foi a que apresentou a maior alta, de 0,23%, puxada por energia elétrica e taxa de água e esgoto. Já Porto Alegre (RS) e Goiânia (GO) tiveram as maiores quedas, ambas de -0,40%, influenciadas pela retração nos preços da energia e da gasolina.

O gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, reforçou essas variações. “Em termos de regionais, a maior variação do IPCA foi em Vitória, com alta de 0,23%, e a menor em Goiânia e Porto Alegre, com queda de 0,40%. 

RegiãoPeso Regional (%)Variação (%)Variação Acumulada (%)
JulhoAgostoAno12 meses
Vitória1,860,100,233,565,30
Brasília4,060,010,113,374,93
São Paulo32,280,460,103,575,61
Fortaleza3,230,11-0,073,095,01
Curitiba8,090,33-0,073,335,46
Rio Branco0,51-0,15-0,081,954,78
Salvador5,990,02-0,082,944,94
Belém3,94-0,04-0,153,195,33
Recife3,920,32-0,243,094,58
Aracaju1,030,28-0,263,484,60
Belo Horizonte9,690,22-0,263,345,25
São Luís1,62-0,02-0,272,604,88
Campo Grande1,57-0,19-0,282,264,68
Rio de Janeiro9,430,24-0,342,354,63
Goiânia4,17-0,14-0,401,684,85
Porto Alegre8,610,41-0,403,184,29
Brasil100,000,26-0,113,155,13

Fonte: IBGE

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

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