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Jesus Cristo, a esperança da Igreja – Vatican News

“A esperança é a luz que ilumina o futuro, mas não num sentido ingenuamente otimista ou ilusório. Nós sabemos: a esperança é Jesus Cristo, morto e ressuscitado. A esperança cristã, portanto, tem um nome concreto: JESUS CRISTO VITORIOSO”.

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

Ao olhar para Cristo, a Igreja encontra sentido em sua missão de ser sinal do Reino de Deus no mundo. Ele é o Bom Pastor que guia, o Caminho que conduz ao Pai e a Verdade que ilumina a existência humana. Ele é o fundamento e a razão de existir da comunidade cristã. Sua ressurreição confirma que a fé não se apoia em ideias passageiras, mas em um acontecimento que transformou a história e abriu ao ser humano a possibilidade de uma vida nova em comunhão com Deus. A Igreja, ao anunciar o Evangelho, mantém viva essa esperança e se torna força para enfrentar as dificuldades da vida cotidiana, peregrinando rumo à plenitude da vida eterna.

No contexto deste Ano Jubilar, Pe. Gerson Schmidt* nos propõe hoje a reflexão “Jesus Cristo, a esperança da Igreja”:

 

“Os profetas esperaram a realização das promessas de Deus, o povo de Deus pelo Messias, Israel pelo cumprimento do Reino material e espiritual no escolhido, ungido do Pai. São Paulo decreta o cumprimento das promessas em Jesus Cristo (2Cor 1,20), razão de nossa esperança. É no Senhor que estão nossas esperanças, conforme a Carta de São Paulo aos Coríntios, que afirma: “De fato, já tínhamos sobre nós a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, mas em Deus, que ressuscita os mortos. Ele nos livrou e continuará nos livrando de tal perigo de morte. Nele temos depositado a nossa esperança de que continuará a livrar-nos” (2Cor 1,9-11).

Pe. Humberto Robson de Carvalho, no livro “Presbíteros: testemunhas da Esperança”, comenta trechos da Gaudium et Spes. Escreve assim o autor: “Sim, a esperança, como dom e virtude, atenta aos dramas da humanidade e seus clamores, acolhe no amor a vida presente e lança um olhar para o amanhã, àquele que pode salvar, ao Senhor Jesus, uma porta sempre aberta para o futuro, para a eternidade.  Sabemos que o Senhor é o fundamento da esperança (cf. Rm 15,13). A esperança cristã não brota das possibilidades humanas, mas da Ressurreição de Jesus (cf. 1Ts 1,9-10), de onde vem a prontidão e a sobriedade para percorrer um longo caminho (cf. Lc 12,35)” [1]. E no caminho, somos todos peregrinos, em direção à meta que é Cristo, o Salvador de todo o homem. E somos “peregrinos, porque chamados”, como professou o lema vocacional de agosto desse ano na Igreja do Brasil.

“Em Cristo somos revestidos da couraça da fé e do amor, com o capacete da esperança da salvação, conforme a primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses (cf. 1Ts 5,4-8). Em uma perspectiva comunitária, a esperança é como uma âncora segura e sólida que impulsiona a caminhada da comunidade cristã”[2]. O autor Humberto Robson apresentava, nesse livro “Presbíteros: testemunhas da Esperança”, um subsídio para o 19º Encontro Nacional dos Presbíteros no Brasil, em vista desse Jubileu 2025, e fundamentou sua proposta no texto Paulino da Carta aos Romanos: “Alegres na esperança, perseverantes na tribulação, constantes na oração” (Rm 12,12).

Cristo é a razão da nossa Esperança! Somos todos peregrinos de esperança. A esperança não decepciona porque a esperança é Jesus Cristo. E Cristo não decepciona. Todo o ser humano pode decepcionar e o profeta Jeremias diz: Assim diz o Senhor: “Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor” (Jr 17,5). Cristo não decepciona e é nele que colocamos nossa confiança e esperança.

Nosso destino é a plenitude de Deus, para o qual Cristo se encarnou e veio restaurar entre nós. Cristo não veio sem um propósito, somente como turista na terra ou uma visitinha qualquer no planeta para ver a obra de sua criação. Sua meta foi nossa salvação. Por isso, somos peregrinos dessa grande esperança cristã que grandioso nome e baluarte: Jesus Cristo. A esperança é a luz que ilumina o futuro, mas não num sentido ingenuamente otimista ou ilusório. Nós sabemos: a esperança é Jesus Cristo, morto e ressuscitado. A esperança cristã, portanto, tem um nome concreto: JESUS CRISTO VITORIOSO. Porque Ele venceu, nós também venceremos! Sua vitória é vitória para nós, porque é o cumprimento irrevogável da promessa de Deus e inauguração do futuro não só da humanidade, mas também do mundo, do cosmos e de toda a história (Cl 1,15-20; Ef 1,10.20-23).

A Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja nos aponta que “a prometida restauração que esperamos, já começou, pois, em Cristo, progride com a missão do Espírito Santo e, por Ele, continua na Igreja; nesta, a fé nos ensina o sentido da nossa vida temporal, enquanto, na esperança dos bens futuros, levamos a cabo a missão que o Pai nos confiou no mundo e trabalhamos na nossa salvação (cf. Fil 2,12). Já chegou, pois, a nós, a plenitude dos tempos (cf.1Cor 10,11), a restauração do mundo foi já realizada irrevogavelmente e, de certo modo, encontra-se já antecipada neste mundo: com efeito, ainda aqui na terra, a Igreja está aureolada de verdadeira, embora imperfeita, santidade” (LG,48). Portanto, a esperança não é fantasiosa, não é ingênua, não se ilude e não é ilusória. A obra da restauração já começou em Cristo Ressuscitado dos mortos! É irrevogável! Ele já entrou na glória, como cabeça do seu corpo, que é sua Igreja. A esperança da Igreja é alegre (Rm 12,12) mesmo no sofrimento e na dor (1Pdr 4,13; Mt 5,11), pois a glória esperada é certa e é tão grande (2Cor 4,17)”.

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.
_________________

[1] CARVALHO, Humberto Robson de. “Presbíteros: testemunhas da Esperança”, Edições CNBB,2023, subsídio para o 19º Encontro Nacional dos Presbíteros – Jubileu 2025, p. 10-11, apresentação.
[2] idem


Fonte: Vatican News

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