
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez um ataque contundente ao STF (Supremo Tribunal Federal), em seu discurso no ato bolsonarista, realizado neste 7 de Setembro na avenida Paulista.
Tarcísio, que é o principal cotado para ser o rival de Lula (PT) nas eleições de 2026, chamou o ministro do STF Alexandre de Moraes de ditador. Em seu discurso, defendeu ainda uma anistia ampla e irrestrita e o direito de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível e em prisão domiciliar, disputar as eleições.
O padrinho político do governador está sendo julgado no STF por tentativa de golpe de Estado. A seguir, veja sete frases ditas por Tarcísio em seu discurso em São Paulo.
Agora a gente está assistindo ao julgamento, a história sendo reescrita. A esquerda viveu de narrativa a vida toda, o tempo todo a esquerda procurou reescrever a história. Vejam, eles dizem que eles foram responsáveis pela luta pela democracia, justamente eles que assaltaram bancos, que praticaram atentatos terroristas, que cometeram assassinatos e que se beneficiaram da anistia. Aqueles que gritam ‘sem anistia’ foram beneficiados pela anistia
Como é que vão condenar uma pessoa sem nenhuma prova? Eles têm uma única delação, de um único colaborador, que mudou a versão seis, sete vezes em três dias sob coação. Essa delação vale para alguma coisa? Uma delação mentirosa
É por isso que a gente está aqui, para defender a anistia. É por isso que a gente está aqui, para dizer para o Hugo Motta: paute, paute a anistia
Por que é que vocês estão gritando isso? Talvez porque ninguém aguente mais. Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo neste país
O bom juiz deve reconhecido pelo respeito, não pelo medo. Deve ser reconhecido pela aplicação correta das leis. Se toda a trama, todo o enredo, toda a narrativa foi construída em cima de uma delação mentirosa, se não tem uma ordem, se não tem um texto, se não tem um áudio vinculando Bolsonaro ao 8 de Janeiro, não tem nada que o ligue. É tudo muito frágil, muito tênue. Como que nós vamos admitir uma condenação?
Nós não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. É isso que precisamos fazer, é isso que nós precisamos defender: Chega do abuso, chega
Nós não vamos mais aceitar que nenhum ditador diga o que a gente tem que fazer. Não há mal que dure pra sempre, e o bem sempre vence o mal
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