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Manifestantes gritam ‘sem anistia’ e pedem prisão de Bolsonaro em ato da esquerda em SP

Com pedidos contra a anistia para os envolvidos na trama golpista de 2022 e bonecos infláveis do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de presidiário e do presidente norte-americano Donald Trump, manifestantes se concentram, na manhã deste domingo (7), na praça da República, em São Paulo.

O ato, chamado de “Grito dos Excluídos”, é organizado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne movimentos como o MST e o MTST, e o Fórum das Centrais Sindicais, que engloba os principais sindicatos do país.

Embora a cor predominante nos cartazes e roupas das pessoas seja a vermelha, símbolo dos movimentos de esquerda, há também bandeiras do Brasil e pessoas vestidas de verde e amarelo numa tentativa de dissociar as cores aos bolsonaristas, que fazem manifestação mais tarde na Paulista.

Na República, os manifestantes também pedem o fim da escala 6×1 e exibem cartazes de “Brasil soberano” e “o Brasil é dos brasileiros” em mensagem contra o tarifaço de Trump.

Centrais sindicais e grupos de esquerda promovem o ato em defesa da soberania nacional e na tentativa de mobilizar a militância nas ruas em meio ao julgamento da trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal).

Os eventos desta manhã devem contar com a presença de ministros e aliados do governo Lula (PT) e servir de contraponto às manifestações bolsonaristas marcadas para esta tarde. Conhecido como “Grito dos Excluídos”, o ato ocorre há 20 anos e é organizado por frentes sociais.

Desde que o ex-presidente Bolsonaro passou a utilizar os desfiles de 7 de Setembro como parte de sua bandeira política, o ato ligado à esquerda ganhou também conotação de oposição política ao bolsonarismo.

Na noite deste sábado (6), em pronunciamento nacional, o presidente Lula (PT) defendeu a soberania e mandou recados para o seu antecessor e para o presidente dos EUA, Donald Trump.

A bandeira da soberania tem sido adotada pelo governo federal nas últimas semanas em reação às determinações de Trump de impor sobretaxa de 50% a produtos brasileiros e às sanções americanas a autoridades brasileiras, usando como justificativa o julgamento de Bolsonaro.

“Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”, disse Lula.

Ele afirmou que o Brasil tem relações amigáveis com todos os outros países, mas “não aceitamos ordem de quem quer que seja”. “O Brasil tem um único dono: o povo brasileiro”, afirmou.

A organização do ato da esquerda deste domingo envolve a Frente Povo Sem Medo, que reúne movimentos como o MST e o MTST, e o Fórum das Centrais Sindicais, que engloba os principais sindicatos do país.

Foram confirmadas, no ato da República, as presenças de Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, e do presidente nacional do PT, Edinho Silva, além de deputados federais da base de Lula, como Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Erika Hilton (PSOL-SP). Também há expectativa de que Marcio Macêdo, secretário-geral da Presidência da República, participe.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) evita falar em números de participantes e diz que os sindicalistas vão às ruas defender a “pauta da classe trabalhadora”, que inclui soberania, isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, taxação dos super-ricos, fim da escala 6×1, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e contra pelotização irrestrita.


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