
A Igreja mexicana aguarda com emoção a celebração de 7 de setembro na Praça de São Pedro. Várias iniciativas foram organizadas para acompanhar a canonização do jovem italiano
Eleanna Guglielmi ed Eugenio Bonanata – Vatican News
O México hoje representa um exemplo do que Carlo Acutis desperta em todos os lugares onde é acolhido: um movimento que nasce da fé simples das famílias e alcança jovens, idosos, doentes e pobres. “A santidade não é uma miragem distante: ser católico não é uma tradição herdada, mas uma decisão que compromete a vida inteira”, repetem os jovens das pastorais diocesanas enquanto se preparam para a canonização.
Carlo de Monterrey a Guadalajara
Em Monterrey, o acampamento “Santos com mochila” convida a caminhar e rezar sob as estrelas. Em Acapulco, “Uma noite com Carlo” reúne comunidades inteiras em meio a música e adoração. Na Cidade do México, a iniciativa “Como conquistar o céu?” percorre as paróquias e culmina na Catedral de Iztapalapa com o lema: “O céu se conquista caminhando com os santos”. Em Guadalajara, o “Carlo Fest” transforma a Basílica de Zapopan em uma liturgia de Eucaristia e canto jovem.
Um fenômeno nacional
De norte a sul, muitos já descrevem esse fervor como um “fenômeno nacional”: uma geração que descobre na fé um horizonte de sentido e testemunha que ser católico não é um hábito herdado, mas uma escolha pessoal, livre e consciente.
Famílias em missão
“Desde que recebemos a relíquia, em 1º de março de 2024, algo em nosso coração mudou”, escreve a família Jiménez Albarrán em uma carta endereçada a Andrea e Antonia, Francesca e Michele Acutis (respectivamente pais, irmã e irmão de Carlo). Com ela, Carlo começou a percorrer as ruas do México: entrou em paróquias e hospitais e parou em escolas e grupos de jovens. Juan Carlos, Jeanine, María e Ana Paula contam que, onde quer que ele chegue, os rostos se iluminam: jovens que nunca haviam cruzado a porta de uma igreja perguntam sobre Cristo, outros voltam à confissão após anos de afastamento, famílias inteiras se reúnem para rezar. “Carlo abre o caminho, escancara portas, mostra que a santidade não é privilégio de poucos, mas de todos aqueles que amam sem medida”, escrevem.
A relíquia entre jovens, doentes e idosos
A relíquia está sendo levada a escolas e paróquias para que, por meio de Carlo, as pessoas encontrem Jesus na Eucaristia e, por sua intercessão, esse sacramento volte a ser o centro da vida. Esse gesto se transformou em um movimento pastoral que atravessa dioceses inteiras. A relíquia foi recebida na Cidade do México, em Matashi, em Puebla e Guerrero, em Cuernavaca e Guanajuato, em Tixtla, até a Baja California e Veracruz. Em cada lugar, brotam iniciativas: crismas, congressos familiares, horas santas semanais, peregrinações impressionantes como a do Cubilete, com 40.000 jovens, encontros de catequese e celebrações nas escolas. Nos hospitais, a relíquia foi colocada sobre crianças e doentes, despertando esperanças de cura e conversão. Nos conventos e mosteiros, foi recebida com cânticos e lágrimas. Assim, de norte a sul, o México vive uma corrente de fé. Para muitos, Carlo é um amigo próximo que leva a Cristo e lembra com sua vida que a santidade é acessível a todos.
O que acontece hoje no México — famílias, jovens, idosos e doentes reunidos em torno de sua figura — é uma parábola concreta do que significa sua canonização: a certeza de que a santidade não pertence apenas às páginas da história, mas continua a agitar positivamente a Igreja e a sociedade inteira.
Fonte: Vatican News