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Painel: Comunidades de Paraty criticam evento de hotel de luxo com Embratur em meio a conflito na Justiça

Comunidades tradicionais de Paraty (RJ) criticam a participação de Marcelo Freixo, presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), em um almoço promovido pelo grupo Emiliano para tratar de um hotel de luxo planejado em uma área de manguezal na cidade. O empreendimento é alvo de questionamentos na Justiça, que suspendeu a licença de instalação no último dia 18.

“A atuação de Marcelo Freixo pró-Emiliano em Paraty está em rota de colisão com a Justiça Federal”, diz a coordenação do Fórum de Comunidades Tradicionais, movimento social que atua na região.

Em nota, a Embratur declara não ter a atribuição de opinar sobre o licenciamento ambiental.

“Considerando tratar-se de um investimento relevante em uma região turística que recebe expressivo fluxo de visitantes internacionais, o presidente confirmou presença e participará das discussões sobre o projeto”, diz a agência vinculada ao Ministério do Turismo.

A rede de hotéis afirma que o almoço é um encontro de caráter pessoal, para “diálogo e proximidade com vizinhos, algumas lideranças locais, representantes de diversas áreas do turismo e membros das comunidades do Funil e de Paraty Mirim”.

Uma imagem que circulou entre moradores afirmava que “Marcelo Freixo convida para um almoço na Fazenda Itatinga, em clima de diálogo e convivência”. O grupo Emiliano diz que o documento tinha equívoco de um terceiro e foi corrigido posteriormente. A versão atualizada fala em “um almoço para nosso convidado Marcelo Freixo”.

Ambos os convites mencionam “uma oportunidade de compartilhar ideias, fortalecer vínculos e celebrar boas parcerias”. O evento está marcado para o próximo sábado (6) e será na casa de Gustavo Filgueiras, CEO do Emiliano.

Além de suspender a licença de instalação do hotel, a 1ª Vara Federal de Angra dos Reis exigiu a realização de consulta prévia, livre e informada às comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras que seriam diretamente impactadas. Está marcada uma audiência de conciliação entre as partes envolvidas no início de outubro.

O projeto prevê a construção de 67 cabanas de luxo em uma zona de manguezal dentro da área de proteção ambiental (APA) de Cairuçu, no sítio declarado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.


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