
O som que ecoou nos corredores do Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, não veio de equipamentos médicos, mas das baquetas nas mãos de Antonio Weverson Rodrigues Portela, de 18 anos. Internado há quase 60 dias, o jovem realizou o sonho de tocar bateria em meio ao tratamento de saúde.
Morador de Graça, a 75 km de Sobral, Weverson convive com paralisia espástica hereditária, doença genética rara que afeta a mobilidade das pernas. Ele precisou de internação após um grave quadro de obstrução intestinal, passando por cirurgias e mais de um mês na UTI. Atualmente, está em cuidados na Unidade de Cuidados Especiais (UCE).
O desejo de tocar bateria foi registrado no prontuário afetivo do paciente, ferramenta de humanização do HRN que valoriza a história e os gostos de cada internado. A partir disso, a equipe do hospital, junto a voluntários, levou o instrumento até a unidade. O momento especial aconteceu na última quarta-feira (3).
Com apoio dos profissionais, Weverson tocou por alguns minutos, em uma experiência marcada por alegria e emoção. Para a assessora de gestão do cuidado do HRN, Jamila Aguiar, a iniciativa reforça a importância de escutar e atender desejos dos pacientes. “Essas ações trazem leveza, fortalecem vínculos e contribuem para a recuperação. No caso de Weverson, foi possível transformar um desejo em realidade e dar esperança”, afirmou.
O pai do jovem, João Batista Rodrigues Portela, de 42 anos, acompanhou o momento e se emocionou. “São muitos dias de internação, e ele tem crises de ansiedade. Esse gesto trouxe conforto e felicidade. Meu filho sempre gostou de música. Espero que outros pacientes também possam ter seus sonhos atendidos”, disse.
Mais do que um sonho realizado, a experiência representa o cuidado integral buscado pelo HRN, que valoriza não apenas as necessidades clínicas, mas também emocionais e sociais dos pacientes e suas famílias.
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