O discurso do presidente Lula (PT) na cúpula dos Brics, marcada para a manhã desta segunda-feira (8), está sendo elaborado de modo que não dê margem para que os Estados Unidos utilizem a ocasião como motivo para novas retaliações ao Brasil.
Ao contrário de expectativas anteriores, o governo avalia que uma reunião dos países membros dos Brics, nesse momento, não representa um afronte aos EUA, que taxou países integrantes do bloco econômico após sucessivas ameaças.
Para auxiliares do Planalto, a cúpula não é o principal objeto a ser usado pelo governo de Donald Trump para novas retaliações, mas sim os resultados do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e dos demais acusados de envolvimento na trama golpista de 2022, que ocorre ao longo dessa semana e da próxima.
A avaliação interna é de que o presidente irá abordar temas como o tarifaço porque a conjuntura do momento atual exige, mas que será necessário cuidados para evitar novas retaliações.
O momento político brasileiro também teria motivado o presidente Lula a não ir à China nessa última semana, enviando o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim.
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