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A peregrinação da imagem de Nossa Senhora de Fátima nas prisões italianas – Vatican News

A viagem, organizada pelo Apostolado Internacional de Fátima, partiu em 1º de julho de Reggio Calabria e terminou no domingo, 31 de agosto, em Verona. A peregrinação foi realizada no verão porque é a época mais difícil para os detentos, entre a falta de atividades, o afastamento dos entes queridos e a emergência do calor. Padre De Paoli, assistente nacional do Apostolado: “Maria é Mãe de todos, mesmo daqueles que erraram”.

Roberta Barbi – Vatican News

A ideia surgiu da leitura da “Spes non confundit”, a Bula de Proclamação do Jubileu de 2025 dedicado à esperança, na qual o Papa Francisco pedia um sinal concreto de proximidade aos detentos, que os convidasse a olhar para o próprio futuro com esperança. “Já havíamos estado outras vezes na prisão, a convite das dioceses ou nos locais que a imagem de Nossa Senhora de Fátima havia visitado – conta à mídia vaticana Pe. Vittorio De Paoli, assistente para a Itália do Apostolado Internacional de Fátima –, mas desta vez queríamos tomar a iniciativa. A resposta nos foi dada diretamente pela Bula do Papa Francisco, onde ele diz que a esperança encontra na Mãe de Deus a sua maior testemunha”.

Uma viagem cheia de emoções

Partindo da prisão de Arghillà, em Reggio Calabria, e terminando na prisão de Verona Montorio, a viagem silenciosa e íntima da Nossa Senhora fez paradas em várias instituições penitenciárias da Itália: Vibo Valentia, Saluzzo, Civitavecchia, Ferrara, Ancona, Pesaro, Varese, Pádua e Verona, além de visitar algumas estruturas adjacentes, como clínicas, lares familiares ou comunidades que se ocupam de jovens em situação de vulnerabilidade ou de mulheres detidas. “Cada prisão é uma realidade à parte, naturalmente sua vida interna depende do diretor e da polícia penitenciária, além dos detentos”, continua Pe De Paoli, “a grande surpresa foi o mundo do voluntariado, ativo e comovente”.

O registro de uma das visitas de Nossa Senhora de Fátima

O registro de uma das visitas de Nossa Senhora de Fátima

A mensagem de esperança de Maria peregrina

A imagem que foi levada “para dentro” dos locais é uma das oficiais realizadas de acordo com as indicações da Irmã Lúcia, uma das três pastorinhas de Fátima, e que desde 1947 viaja para levar paz e amor: “na realidade, a estátua é um sinal, o que levamos para a prisão é a luz de Maria – precisa o secretário do Apostolado – em particular, procuramos transmitir algumas mensagens específicas para as pessoas privadas de liberdade pessoal: em primeiro lugar, que Maria os ama porque os filhos continuam sendo filhos mesmo quando erram; depois, transformar sua vida na prisão em uma oportunidade de crescimento pessoal, porque aprender com os erros dá asas; oferecer seus momentos de raiva e sofrimento a Jesus por alguém que se ama e, por último, mas não menos importante, nunca se esquecer de rezar”.

A “guitarra do mar” acompanha Nossa Senhora

Feita com madeira recuperada de barcos carregados de migrantes naufragados em Lampedusa, na marcenaria interna da prisão de Secondigliano, em Nápoles, graças ao projeto Metamorfosi della Casa dello Spirito e delle Arti, a chamada “guitarra do mar” – tocada no passado também por Sting – acompanhou com sua música os momentos de oração e recolhimento nas instituições penitenciárias: “cantamos junto com os detentos e lhes ensinamos uma oração para rezar. Dessa forma, eles também tiveram a oportunidade de lembrar os migrantes mortos no mar, especialmente as crianças – conclui Pe. Vittorio –, mas, acima de tudo, todos se ajoelharam diante de Maria; eu impus as mãos sobre eles invocando a bênção do Espírito, todos foram abençoados e todos começaram a chorar”.


Fonte: Vatican News

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