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Gilmar rejeita reabrir ação penal de transfobia de Erika Hilton arquivada pela Justiça federal de SP

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou nesta terça-feira (2) um pedido da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) para rever o arquivamento de uma ação penal por transfobia.

O processo de Hilton contra Isabella Alves Cepa foi arquivado pela 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, depois de manifestação nesse sentido do MPF (Ministério Público Federal).

Segundo a deputada, a decisão foi tomada sob o argumento da ausência de uma lei criminalizando a transfobia no Brasil, o que violaria decisão do Supremo que, em 2019, equiparou essa prática ao crime de racismo.

A parlamentar apresentou uma reclamação constitucional, um tipo de ação para quando decisões da corte são desrespeitadas por instâncias inferiores.

Gilmar Mendes reconheceu que a argumentação do MPF desconsiderou o entendimento do Supremo sobre a transfobia e repudiou a tentativa de esvaziar a autoridade das decisões da Corte.

“O ordenamento jurídico não pode se mostrar indiferente às ameaças concretas à dignidade humana. Com efeito, é de se repudiar toda tentativa de esvaziar a autoridade das decisões deste Tribunal mediante reinterpretações que não apenas colidem com o conteúdo das teses firmadas, mas que, na prática, acabam por reintroduzir formas de silenciamento e negação de direitos fundamentais sob o pretexto de divergência jurídica”, disse o relator.

Segundo ele, no entanto, a argumentação que fundamentou a decisão da 7ª Vara Criminal Federal não se baseou nesses elementos e foi autônoma em relação a do MPF.

“O juízo optou por valorar as declarações sob o prisma da tipicidade e do dolo específico, campos que, em regra, escapam ao crivo da reclamação constitucional, a não ser quando demonstrada, de forma inequívoca, a subversão da autoridade de precedente vinculante”, afirmou.

No caso, a denunciada, em sua conta no X @afeminisa, expressou seu descontentamento com o resultado das eleições municipais de São Paulo em 2020, nas quais Erika foi a vereadora mais votada.

“Candidatas verdadeiramente feministas não foram eleitas. A mulher mais votada é homem. E as bancadas de palhaçada do PSOL todas foram eleitas. Gente, esse povo estava fazendo campanha na manifestação da Mari Ferrer.”


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