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UE recua de suspeita sobre interferência russa em voo de Von der Leyen

BERLIM, ALEMANHA (FOLHAPRESS) – A União Europeia recuou da suspeita de que a Rússia poderia ter interferido no sistema de GPS do avião que levava Ursula von der Leyen no último fim de semana. O fato, antecipado pelo Financial Times na última segunda-feira (1°), ganhou repercussão internacional, pois a presidente da Comissão Europeia fazia um périplo pela “linha de frente” russa, como descrito pela UE.

Em quatro dias, ela visitou sete países que fazem fronteira ou estão na órbita de propalados ataques híbridos de Moscou. Foi a maior e mais ostensiva ofensiva diplomática de Von der Leyen desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 2022, dias depois da tentativa de mediação do conflito promovida pelo presidente americano, Donald Trump, mostrar-se um fracasso.

O incidente ocorreu no domingo (31), quando a aeronave fretada de Von der Leyen perdeu o sistema de navegação no ar e, segundo o relato do jornal britânico, teria apelado até a mapas de papel para conseguir pousar em Plovdiv, na Bulgária.

“Podemos confirmar que houve bloqueio do GPS, mas o avião pousou em segurança. Recebemos informações das autoridades búlgaras de que elas suspeitam que isso tenha sido causado por uma interferência flagrante da Rússia”, declarou um porta-voz da União Europeia na esteira da publicação da notícia.

Sites de aviação e aplicativos que monitoram voos, porém, logo começaram a contestar a versão. Segundo dados divulgados pelo Flightradar24, o voo de Von der Leyen não teria perdido o sinal de GPS e seu atraso teria sido de apenas nove minutos, em forte contraste ao relato publicado pelo jornal britânico, segundo o qual o piloto circulou a região do aeroporto por uma hora antes de decidir pousar.

Autoridades búlgaras, que chegaram a confirmar o incidente na segunda, relataram depois que o controle de tráfego aéreo local ofereceu sistemas alternativos, segundo documento obtido pelo site Político. O primeiro-ministro do país, Rosen Zhelyazkov, acabou minimizando ainda mais o ocorrido ao declarar que o problema não seria investigado, “pois não foi ataque híbrido ou cibernético”.

Os relatos contraditórios ganharam muita repercussão nas redes sociais, em que Von der Leyen é alvo frequente de populistas e da extrema direita europeia, parte dela bastante próxima a Moscou. Em julho, a conservadora alemã sobreviveu com folga a uma moção de censura no Parlamento Europeu, mas uma nova tentativa já está em gestação para os próximos meses.

Pressionada por jornalistas, a chefe de imprensa da UE, Paula Pinho, buscou sustentar as declarações anteriores de sua equipe, afirmando que “houve interferência no GPS”. A acusação direta à Rússia, porém, foi substituída por uma menção mais genérica de que episódios de interferência em sistemas de navegação “cresceram notavelmente” desde o advento da guerra na Ucrânia.

Na segunda-feira, Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou ao Financial Times que a informação “era um erro”. O episódio constrange o bloco em uma semana de acirramento retórico. Nesta sexta-feira (5), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que forças ocidentais de paz, plano propagado por Von der Leyen e Emmanuel Macron, entre outros, serão consideradas “alvo legítimo” na Ucrânia.

Agências europeias de aviação informaram que iniciaram uma investigação sobre a interferência no voo da comitiva da UE, mas que ainda aguardam informações das autoridades búlgaras.

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Fonte: Notícias ao Minuto

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